Resumo

Título do Artigo

LOCALIZAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DOS PRODUTOS MADEIREIROS NO RIO GRANDE DO NORTE
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Tema

Políticas Públicas para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Beatriz Ribeiro Petrucci Padilha
Universidade Federal da Paraíba - Campus I Responsável pela submissão
2 - Anna Manuella Melo Nunes
-
3 - Clarisse Freire Barboza Maurício
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - Campus I
4 - Victor Carlos de Lima Arruda
Universidade Federal da Paraíba - CEAR
5 - Luiz Moreira Coelho Junior
Universidade Federal da Paraíba - Departamento de Engenharia de Energias Renováveis

Reumo

O extrativismo vegetal tem grande destaque no Nordeste decorrência da escassez hídrica na região, a qual impossibilita a plantação de florestas (GIODA, 2019). O Rio Grande do Norte, assim como os demais estados do Nordeste, apresenta uma grande dependência dos produtos madeireiros que se refere a lenha, madeira em tora e carvão vegetal. Estes produtos compõem a matriz energética da região e são designados para atividades domiciliar e industrial (TRAVASSOS; SOUSA, 2014). As percepções de localização e especialização dos produtos em questão evidenciam fatores de desenvolvimento desse Estado.
O trabalho propõe verificar a localização e a especialização da produção dos produtos madeireiros no Rio Grande do Norte, no intervalo de 1994 a 2020, como forma de estratégias e convivências no Nordeste Brasileiro. Os principais objetivos consistem em avaliar a evolução da produção dos produtos madeireiros no Rio Grande do Norte e Elaborar análises à respeito da localização e especialização da produção dos produtos madeireiros no Rio Grande do Norte por meio do recortes geográfico das regiões imediatas.
A revisão de literatura validou as percepções dos produtos madeireiros no Rio Grande do Norte de Nascimento (2011) e Santos et al. (2013). Além disso, toda pesquisa fundamentou-se através dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, o qual divulga anualmente a Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura -PEVS. Desse modo, são informadas a produção da extração vegetal, produção da silvicultura, valor da produção e áreas existentes e colhida dos cultivos florestais de cada região do Brasil (IBGE, 2021).
A teoria econômica regional, conforme Haddad (1989), aborda uma análise regional baseada em localização e especialização. Os indicadores utilizados para as medidas de localização foram: quociente locacional (QL), coeficiente de localização (CL), coeficiente de associação geográfica (Cag) e coeficiente de redistribuição (CRED). Os indicadores utilizados para especialização foram: coeficiente de especialização (CE) e coeficiente de reestruturação (Cr). Os dados do VBP foram coletados do site IBGE para as regiões imediatas do Rio Grande do Norte no período entre 1994 e 2020.
Os cálculos dos indicadores resultaram no QL e o CL com Valores Brutos de Produtos (VBPs) de lenha relevantes nas regiões imediatas, de modo que não há especialização concentrada em determinados locais já que muitas regiões produzem e mantêm um perfil característico de produção desse insumo na região. O Cag possui associação nula de qualquer produto com a madeira e o CRED apresenta redistribuição da madeira em tora. Os indicadores de especialização definiram especialização de lenha na região imediata de Canguaretama e uma reestruturação de declínio de madeira em tora e aumento da lenha.
Com base no estudo elaborado acerca da localização e especialização dos produtos madeireiros do Rio Grande do Norte, é possível concluir que, devido ao clima, a extração vegetal é a atividade em maior evidência no estado em questão, seguindo a dinâmica da maioria dos estados do Nordeste. Além disso, o produto madeireiro mais importante no quesito extrativista é a lenha, tendo em vista que no Rio Grande do Norte existe polos ceramistas que utilizam este produto em suas atividades.
GIODA, A. Características e procedência da lenha usada na cocção no Brasil. Estudos Avançados, v. 33, n. 95, p. 133-150, 2019. Jan/Abr, 2019. HADDAD, P. R. Medidas de localização e de especialização. In: Haddad PR et al. (Org.). Economia regional: teorias e métodos de análise. Fortaleza: Bnb-Etene; 1989. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produção da extração vegetal e silvicultura 2017. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. NASCIMENTO, J. A. O circuito espacial da indústria de cerâmica vermelha no seridó potiguar. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2011.