Resumo

Título do Artigo

ORIENTAÇÃO EMPREENDEDORA E DESEMPENHO ORGANIZACIONAL EM EMPRESAS CERTIFICADAS COM O SELO SOCIAL
Abrir Arquivo

Tema

Responsabilidade Social Corporativa

Autores

Nome
1 - Robson Juscelino de Melo
-
2 - Suzete Antonieta LIzote
- Itajai Responsável pela submissão
3 - Sayonara de Fátima Teston
- Doutorado em Administração
4 - Patrick Zawadzki
Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC - Programa de pós-graduação em Administração

Reumo

A orientação empreendedora traz importantes ganhos para a organização na medida em que impacta positivamente no desempenho. As empresas certificadas no programa selo social, estão com suas ações voltadas para a geração de valor social, trazendo contribuições para as pessoas e para o meio ao qual estão inseridas através de seus projetos. O empreendedor deve adequar-se à essa realidade e, considerar o perfil de seus colaboradores para elevar a motivação da equipe e, consequentemente, alcançar as metas organizacionais, contribuindo para satisfazer as necessidades da sociedade.
A presente pesquisa buscou resposta a seguinte problemática: Qual a relação entre a orientação empreendedora e o desempenho organizacional na percepção dos gestores das empresas certificadas no programa selo social de Itajaí/SC? Para tanto, foi definido como objetivo avaliar a relação entre a orientação empreendedora e o desempenho organizacional na percepção dos gestores das empresas certificadas no programa selo social de Itajaí/SC.
No ambiente empresarial, a orientação empreendedora (OE) emergiu como um conceito importante para investigar o espírito empreendedor das empresas e sua influência sobre os processos estratégicos e de desempenho (Gupta & Batra, 2015). Surgindo como um construto da gestão estratégica e do empreendedorismo, a OE pode ser mensurada de acordo com o contexto organizacional, consoante as características decisórias dos gestores e, também, refere-se aos atributos pessoais, bem como aos valores e comportamentos com motivações empreendedoras (Lumpkin & Dess, 1996).
Optou-se pela abordagem quantitativa, sendo os dados coletados com questionários de autopreenchimento com base no modelo de Lumpkin & Dess, (1996) para orientação empreendedora e de Gupta e Govindarajan (1984) para o desempenho organizacional. O instrumento foi direcionado aos gestores das empresas certificadas no programa selo social de Itajaí/SC, via correio eletrônico. A população esteve composta por 195 empresas resultando em uma amostra de 126 respondentes. Para testar as hipóteses, foi utilizado o teste de correlação bivariada.
Os resultados evidenciaram que o desempenho organizacional confirmou todas as hipóteses com exceção da dimensão agressividade competitiva. As correlações de desempenho organizacional com orientação empreendedora e as dimensões proatividade, assunção de riscos e autonomia apresentaram maior força e com inovatividade a menor força, o que caracterizou a natureza multidimensional do construto orientação empreendedora.
A prosperidade econômica não deve ser o principal objetivo das empresas, é preciso que os gestores estejam atentos aos impactos causados pelas ações desenvolvidas, numa perspectiva de respeito ao meio ambiente e às causas sociais. Neste sentido, em um ambiente de negócios em constante mudança, as empresas tendem a ser mais empreendedoras e inovadoras e buscam vantagem competitiva para se diferenciar e criar uma posição sustentável no mercado.
Gupta, A. & Govindarajan, V. (1984). Business unit strategy, managerial characteristics, and business unit effectiveness at strategy implementation. Academy of Management Journal, 27(1), 25-41. Gupta, K. V. & Batra, S. (2015). Entrepreneurial orientation and firm performance in Indian SMEs: universal and contingency perspectives. International Small Business Journal, 34(4), 1-23. Lumpkin, G. T. & Dess, G. G. (1996). Clarifying the entrepreneurial orientation construct and linking it to performance. Academic of Management Review, 21(1), 135-172.