Resumo

Título do Artigo

ME EMPRESTA ESSA ROUPA: economia circular na moda compartilhada de vestuário
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Tema

Operações sustentáveis e Economia Circular

Autores

Nome
1 - Maísa Farias de Souza
-
2 - Patricia Guarnieri
- Responsável pela submissão

Reumo

As problemáticas ambientais e sociais da sociedade moderna são preocupações de escala global, a cada ano que se passa os números aumentam e os impactos negativos também. A indústria da moda é uma grande participante nos atuais indíces de poluição ambiental e danos sociais. A indústria de fast fashion (moda rápida), em alta na atualidade, segue essa lógica produtiva, que é uma lógica de economia linear, aplicando ao vestuário obsolescência programada. Quanto mais rápido o produto for descartado, mais rápido os usuários voltarão para fazer uma nova aquisição.
A lacuna em pesquisas sobre Consumo Compartilhado de moda motivou o trabalho. Assim, o presente estudo teve objetivo identificar a propensão da aceitação de consumidores brasileiros em relação à moda compartilhada na economia circular.
O modelo econômico linear baseado em extrair, produzir e desperdiçar está atingindo seus limites físicos, a economia circular é uma alternativa que envolve dissociar a atividade econômica do consumo de recursos finitos, e eliminar resíduos do sistema por princípio. Apoia-se em uma transição para uso de fontes de energia renovável, o que possibilita construir capital econômico, natural e social (EMF, 2017). Um dos mecanismos possíveis, presente na economia circular é a economia compartilhada (ou consumo colaborativo).
Quanto a classificação, a pesquisa é se caracteriza como aplicada, conforme definida por Silva e Menezes (2005), quanto aos objetivos, trata-se de uma pesquisa descritiva. Utilizou-se a abordagem de uma pesquisa mista, pois utiliza tanto a abordagem quantitativa, análise de questionários, quanto a qualitativa, análise documental. Como procedimento técnico, utilizou-se o levantamento (survey), caracterizado pelo questionamento direto das pessoas que se deseja conhecer os comportamentos. Foram obtidos 597 retornos, os quais tiveram suas frequências analisadas.
Como principais resultados estão a identificação de que a maioria dos consumidores realiza compras em fast fashion e a minoria em lojas de roupas sustentáveis, identificou-se um número considerável de consumidores de brechó; a identificação dos fatores que são impeditivos para consumirem moda compartilhada; e o que os consumidores indicam fazer é diferente do comportamento adotado na vida prática.
Essa pesquisa gerou conhecimentos sobre um tema pouco explorado no Brasil, além de contribuir para gestores interessados em investir no setor, auxiliando na identificação de comportamentos, percepções e oportunidade de negócio pode contribuir para pesquisadores interessados no tema.
EMF. A new textiles economy: redesigning fashion’s future. 2021. Acesso em mes de 2022 GIONGO, Marina Anderle et al. Princípios de colaboração para o design de modelos de negócio de moda sustentável. 2020. GODECKE, Marcos Vinicius; NAIME, Roberto Harb; FIGUEIREDO, João Alcione Sganderla. O consumismo e a geração de resíduos sólidos urbanos no Brasil. Revista Eletrônica em gestão, educação e tecnologia ambiental, p. 1700-1712, 2012.