Resumo

Título do Artigo

A GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO IMPORTANTE ATOR DAS ESTRATÉGIAS DE INOVAÇÃO NO AMBIENTE EMPRESARIAL
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Tema

Governança e Sustentabilidade em Organizações

Autores

Nome
1 - Marcelo Lancerotti
Universidade Federal de São Paulo-Unifesp - EPPEN - Escola Paulista de Política, Economia e Negócios Responsável pela submissão

Reumo

A agenda ESG é excelente inspiração para impulsionar a inovação nas empresas, que hoje já nascem pensando em modelos de negócios ágeis e adaptáveis, capazes de lidar com o ritmo acelerado do ecossistema empreendedor. É preciso entender que esse movimento veio para ficar pois o mercado financeiro tem exercido um papel importante como regulamentador e fiscalizador, tendo como principal objetivo o combate ao greenwhashing. Para sobreviver a esse ambiente de instabilidades, as empresas estarão cada vez mais atentas as transformações que vem ocorrendo no mundo, dando a inovação papel de destaque.
O presente trabalho tem como objetivo entender qual o papel que a Governança Corporativa deverá exercer em uma corporação como agente de integração das diversas unidades de negócios e mais especificamente sobre a gestão da inovação, a fim de continuar gerando e preservando valor das empresas visando atender às necessidades atuais e futuras frente às inúmeras transformações do mercado e da economia, somadas à velocidade das mudanças e às transformações organizacionais.
Embasado em três pilares, o estudo de Elkington (1997), se apoiava no lucro, nas pessoas e no planeta e, visionava a transformação pelas quais as empresas líderes planejariam suas prioridades, alvos, desempenho e conflitos. Desde então, novos avanços e conceitos foram introduzidos, tais como a ideia de empresas socialmente responsáveis, a “estrutura do valor combinado” de Emerson (2006) e mais recentemente a “criação de valor compartilhado” cunhado por Porter e Kramer (2011). enquadra-se, também, o pelo Pacto Global 2030, braço da Organização das Nações Unidas (ONU), que trata de 17 ODS.
A metodologia de pesquisa para este estudo deve ser estruturada de forma a investigar os diferentes aspectos relacionados à governança corporativa, sustentabilidade e gestão da inovação nas empresas. A partir dessa análise sistêmica, alinhada com o objeto de pesquisa, o modo de investigação visa controlar a coleta de dados que permita a confrontação entre os dados coletados e a análise teórica inicial que os recortou a fim de comprovar a necessidade dos avanços da gestão empresarial rumo ao cumprimento da agenda do Pacto Global 2030.
A conexão entre os compromissos de sustentabilidade e a criação de novas soluções deve ser refletida em todas as esferas dos negócios. A jornada da sustentabilidade, deve ser uma reflexão contínua, em busca de oportunidades e ações de melhoria, ou seja, um processo de longo prazo que deve perpetuar além do ciclo de vida do seu negócio. Esse conceito é diretamente relacionado ao processo de inovação, no qual se busca gerar valor e impacto por meio da criação de novas soluções, estrategicamente distribuídas entre os horizontes da inovação.
A agenda ESG é crucial para a longevidade das empresas. A gestão das práticas ESG requer Governança Corporativa e Governança da Inovação. A inovação se torna natural ao adotar essas práticas, pois a liderança busca soluções para o sucesso da empresa. A jornada da inovação envolve compreender desafios, decisões, estratégias, estruturas, pessoas e cultura da organização. A adaptação às mudanças globais é essencial, especialmente diante das mudanças climáticas. A estratégia de inovação deve ser alinhada à cultura e política da empresa, reconhecendo e gerenciando riscos.
BRANDÃO, Carlos Eduardo Lessa; FONTES FILHO, Joaquim Rubens; MURITIBA, Sérgio Nunes (organizadores). Governança corporativa e inovação: tendências e reflexões / Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Organizadores: Carlos Eduardo Lessa Brandão, Joaquim Rubens Fontes Filho, Sérgio Nunes Muritiba. São Paulo, SP: IBGC, 2018. CHESBROUGH, Henry William. The Logic of Open Innovation: Managing Intellectual Property. California Management Review, April 2003, 45(3):33-58. DOI: 10.2307/41166175.