Resumo

Título do Artigo

Análise Conceitual da Inovação Social no Campo de Ciências Sociais Aplicadas: Uma Revisão Bibliométrica da Literatura
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Tema

Inovação para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Anderson Antonio de Lima
Universidade Nove de Julho - UNINOVE - Memorial Responsável pela submissão
2 - Thiago de Luca Santana Ribeiro
Universidade Nove de Julho - UNINOVE - PPGA / UNINOVE
3 - Marcos Antonio Maia Lavio de Oliveira
Universidade Nove de Julho - UNINOVE - UNINOVE

Reumo

As inovações sociais são extremante essenciais à medida que enfrentamos problemas sociais complexos, como as alterações climáticas, a mobilidade urbana, a redução da pobreza, a desigualdade de rendimentos e os conflitos violentos endémicos e sociais persistentes. Variavelmente chamados de “problemas perversos” ( Rittel & Webber, 1973 ), “metaproblemas” ( Trist, 1983 ) ou “grandes desafios” ( Ferraro, Etzion, & Gehman, 2015 ; Wijk et al. 2019 ). Esses problemas são relacionados e possuem interdependências entre múltiplos sistemas e atores e têm efeitos em diferentes interesses (Rayner, 2006)
Diante da lacuna de conhecimento sobre a inovação social no nível macro (organizacional) e devido a escassez de estudos revisionais, sobretudo bibliométricos, sendo que ao examinarmos a literatura sobre a temática não encontramos estudos bibliométricos que possibilitem integrar resultados fragmentados de pesquisas inovação social. Diante deste contexto, este estudo tem o objetivo de mapear a formação e a evolução conceitual teórica da inovação social no campo de ciências sociais aplicadas, como também fornecer um quadro integrado sobre os estudos mais influentes neste campo e das tendências.
Há muita discussão sobre o significado de inovação social ( Edwards-Schachter & Wallace, 2017 ; Moulaert, 2013; Wijk et al. 2019 ), quase ao ponto de “o termo ser 'sobredeterminado'” ( Edwards-Schachter & Wallace, 2017 , p. 64). A inovação social descreve o processo agente, relacional, situado e multinível para desenvolver, promover e implementar novas soluções para problemas sociais de maneira direcionada à produção de mudanças profundas em contextos institucionais (Cajaiba-Santana, 2014 ; Lawrence , Dover e Gallagher, 2014; Wijk et al. 2019).
Este estudo foi elaborado por meio de técnicas bibliométricas, ou seja, trata-se de uma revisão bibliométrica. De uma forma geral a bibliometria é um tipo de revisão que fornece um panorama acerca do desenvolvimento de uma área de conhecimento e possibilita o desenvolvimento de um mapa que sistematiza a evolução das temáticas deste campo do conhecimento (Zupic & Cater, 2015). Nesse contexto a bibliometria pode ser compreendida como uma técnica que sistematiza o conhecimento e identifica a tendência de crescimento do fluxo de pesquisa de uma determinada disciplina, como também a dispersão.
Os 676 artigos que compõe a amostra desta pesquisa foram importados no software VOSviewer para viabilizar a elaboração do mapa de cocitação e pareamento bibliográfico, com relação ao mapa de cocitação, foram identificados quatro clusters teóricos. A análise de pareamento bibliográfico permitiu a identificação dos estudos fronteiriços, ou seja, quais as tendências de pesquisas atuais e direcionamentos para pesquisas futuras sobre inovação social e sustentabilidade. O mapa de pareamento bibliográfico resultou na identificação de cinco clusters teóricos.
O presente estudo apresentou a evolução teórica da inovação social e sustentabilidade no campo de ciências sociais aplicadas e identificou, através do pareamento bibliográfico, as fronteiras das áreas de estudos sobre a temática abordada, assim como as tendências de pesquisas e insights para estudos futuros. A principal contribuição deste estudo, é de caráter exploratório e vai além de mapeamento da evolução teórica-conceitual, suas principais influências teóricas, correntes teóricas existentes e as frentes teóricas atuais sobre inovação social e sustentabilidade.
Gadrey J. 1996, Serviços: la productivité en question, Paris: Desclée de Brouwer. Gallouj F. 2002a, “Inovação em serviços e os antigos e novos mitos que os acompanham”, Journal of socio-economics, Vol. 31: 137-154. Gallouj F. 2002b, Inovação na economia de serviços: a nova riqueza das nações, Cheltenham: Edward Elgar Publishing. Gallouj F. et Weinstein O. (1997), “Inovação em Serviços”, Política de Pesquisa, Vol. 26, n°4-5: 537-556. Gallouj F., Djellal F. (eds) 2010, O Manual de Inovação e Serviços: uma perspectiva multidisciplinar, Cheltenham: Edward Elgar Publishers.