Resumo

Título do Artigo

VIABILIDADE ECONÔMICA DE PROJETO DE GERAÇÃO SOLAR DISTRIBUÍDA NO ESTADO DE MINAS GERAIS
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Tema

Finanças Sustentáveis

Autores

Nome
1 - Mayra Lucy Guimarães Castro de Santana
Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (PECEGE) - USP/ESALQ
2 - Juliano Augusto Orsi de Araujo
Universidade Ibirapuera - Mestrado Profissional em Administração Responsável pela submissão

Reumo

No Brasil o preço da energia elétrica pago pelos consumidores regulados cresce anualmente, muitas vezes a taxas maiores que a inflação. Neste cenário, uma solução cada vez mais empregada pelos consumidores com o objetivo reduzir o preço pago pela energia é o investimento em projetos de geração distribuída de energia solar. Projetos de geração distribuída são capazes de compensar 100% da tarifa de energia paga às distribuidoras de energia, gerando uma economia imediata aos consumidores detentores do projeto de geração solar.
O mercado de energia brasileiro é dividido em dois ambientes de contratação distintos: o Ambiente de Contratação Livre [ACL] e o Ambiente de Contratação Regulado [ACR]. São aptos a participação do ACL aqueles consumidores que possuem carga mínima de 500 kW, conforme o estabelecido na Lei nº 9.427/1996. Neste ambiente o consumidor é livre para negociar diretamente com o produtor de energia o preço que pagará por tal insumo, pagando à distribuidora a qual é conectado apenas o custo relacionado ao uso do sistema de distribuição.
Altas tarifas de energia uma solução que tem ganhado cada vez mais espaço e aderentes é a Micro e Mini Geração Distribuída [GD], configuração que representa hoje no Brasil cerca de 13 GW de potência instalada (ANEEL, 2022). Esta solução permite que o consumidor produza sua própria energia elétrica por meio da instalação de geradores de energia de pequeno porte que utilizam fontes renováveis (como solar e eólica, por exemplo). Em contrapartida, o consumidor que possui GD têm como benefício a isenção quase total dos custos relacionados ao custo da energia elétrica
De acordo com a regulamentação estabelecida pela ANEEL (ANEEL, 2022) podem ser classificados como geração distribuída aqueles projetos de geração de energia elétrica que utilizem como combustível fontes renováveis (como solar, eólica, biomassa e hidráulica) ou de cogeração qualificada e que tenham um limite máximo de potência elétrica instalada igual a 5 MW. Neste modelo a utilização da energia produzida é contabilizada dentro do Sistema de Compensação de Energia Elétrica [SCEE] (ANEEL, 2016).
Considerando as premissas descritas na seção anterior foram construídos o Demonstrativo de Resultados [DRE] e o Fluxo de Caixa do Projeto de GD, demonstrados nas tabelas 9 e 10. A receita bruta estimada para o projeto pode ser observada no Gráfico 5, enquanto o fluxo de caixa pode ser observado no Gráfico 6. O investimento se paga em 4 anos (payback), com TIR de 31.4% e VPL de 11.410,00. Considerando as projeções de fluxo de caixa e demonstrativos de resultado foi possível verificar que o investimento analisado possui viabilidade econômica, com TIR e VPL positivos e bastantes atraentes.
Dada a eminente necessidade e busca por fontes de energias renováveis, o projeto traz contribuições tecnológico-sociais sobretudo sob a ótica financeira, demonstrando que é algo viável e que traz, além de benefícios ambientais, aumento no resultado econômico e geração de fluxo de caixa no longo prazo.