Resumo

Título do Artigo

DISTRIBUIÇÃO E DEPENDÊNCIA ESPACIAL DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA FOTOVOLTAICA NO ESTADO DA PARAÍBA
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Tema

Políticas Públicas para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Clarisse Freire Barboza Maurício
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - Campus I Responsável pela submissão
2 - Luiz Moreira Coelho Junior
Universidade Federal da Paraíba - Departamento de Engenharia de Energias Renováveis
3 - Italo Roger Ferreira Moreno Pinheiro da Silva
Universidade Federal da Paraíba - Centro de energias alternativas e renováveis
4 - monica carvalho
- Departamento de Engenharia de Energias Renováveis
5 - Raphael Abrahão
-

Reumo

A energia solar fotovoltaica possui geração rápida e intermitente, por isso é uma das fontes mais promissoras da atualidade. A fonte energética solar fotovoltaica está se estabelecendo no mercado por ser fator importante na diversificação na matriz energética mundial. Isto é fator fundamental para atingir os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que foram apresentados pela ONU como desafios críticos que precisam ser enfrentados. Dentro da estrutura dos ODS, o sétimo objetivo visa garantir energia acesso à energia confiável, sustentável e moderna para todos.
Para identificação do lugar de destaque do setor fotovoltaica e influência da vizinhança, realiza-se estudos sobre distribuição e dependência espaço-temporal para entender a dimensão da agregação espacial para a variável, podendo relevar correlações globais ou locais. Em busca de entender o mercado fotovoltaico paraibano e sua dinâmica regional, o presente artigo visa analisar a distribuição e dependência espaço-temporal da Geração Distribuída fotovoltaica na Paraíba, de 2014 a 2021. Além disso, contribuir para desenvolvimento de políticas estatais no setor renovável.
Na análise exploratória de dados espaciais (AEDE) verifica-se instabilidades espaciais, avalia-se a autocorrelação espaciais e identifica-se a presença de clusters e outliers. A autocorrelação espacial mostra quanto certa variável da região i (potência elétrica instalada per capita de GD fotovoltaica) relaciona-se com a mesma variável na região vizinha j. O Índice Global de Moran é uma das maneiras mais utilizadas para medir autocorrelação espacial, considera-se como um indicador crítico que ajuda a validar estatisticamente os padrões.
Como objeto de estudo considerou-se a potência instalada, em quilowatt – kW, per capita das instalações de GD fotovoltaica na Paraíba, de 2014 a 2021, dos municípios e regiões imediatas. Para os dados serem proporcionais, considerou-se a variável per capita. A população das cidades da Paraíba foi fornecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE referentes a 2010 e 2021. Para realizar a projeção da população dos demais anos foi usada a Taxa de Crescimento Geométrico (RGG). Utilizou-se o I de Moran Global e Local para realizar a análise exploratória de dados espaciais.
A evolução da tecnologia mostrou que os grupos de tensão mais comuns são os B1 e B3. O I de Moran Global para regiões imediatas e municípios da Paraíba teve comportamento semelhante, com início do índice negativo e, em seguida, a autocorrelação tornou-se positiva, pelo aumento de regiões com a potência instalada per capita no decorrer dos anos. Identificou-se pontos de alavancagem para os grupos B1 e B2 e a análise da matriz do tipo “rainha” mostrou que os grupos de tensão com potência instalada per capita baixa, tiveram autocorrelação negativa.
O uso do AEDE para o setor de Geração Distribuída no Brasil foi inédito e mostrou boa forma de adaptação. Este artigo consegue validar a aplicação da metodologia a este objeto de estudo. O entendimento do padrão espacial da GD fotovoltaica apresentada pode ajudar novas implantações de tecnologia, assim como o desenvolvimento de políticas públicas focadas em regiões aglomeradas. Além de investimentos privados em regiões dispersas, com o mercado ainda frio.
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Banco de Informações de Geração Distribuída. Disponível em: https://dadosabertos.aneel.gov.br/pt_BR/dataset/relacao-de-empreendimentos-de-geracao-distribuida. Acesso em: 19 abr. 2022. ANSELIN, Luc. Local indicators of spatial association—LISA. Geographical analysis, v. 27, n. 2, p. 93-115, 1995. ANSELIN, Luc. Spatial effects in econometric practice in environmental and resource economics. American Journal of Agricultural Economics, v. 83, n. 3, p. 705-710, 2001.