Resumo

É de grande importância que o direcionamento de mudanças voltadas ao consumo de carne a base de plantas seja mais implementado, visto serem capazes de desempenhar o papel de mitigar não só apenas a produção animal, mas também os efeitos negativos quanto as mudanças climáticas e a saúde do consumidor (Van Vliet et al., 2020). Por sua vez, os consumidores exercem um impacto expressivo na saúde pessoal e planetária, do qual pode contribuir com os desafios ambientais e da saúde através do consumo de carne provenientes de proteínas alternativas, bem como a baseada em plantas.

Este artigo oferece uma análise abrangente das perspectivas dos consumidores em relação às carnes vegetais, utilizando insights derivados de uma revisão sistemática da literatura (SLR). O objetivo principal é identificar as áreas específicas de foco em estudos relativos a carnes à base de plantas que abordam as preferências do consumidor, bem como as metodologias predominantes empregadas nesses estudos.

A substituição da proteína animal pela carne à base de planta apresenta vantagens ambientais e sociais. A produção de alimentos vegetais tende a usar menos recursos naturais, reduzindo as emissões de gases do efeito estufa (Lynch et al., 2018). Além disso, estimular o consumo de carne à base de planta diminui o uso de água, eutrofização e o uso do solo, comparativamente a produção de carne convencional (Hadi & Brightwell, 2021).

Para alcançar este objetivo, os autores conduziram uma rigorosa revisão sistemática da literatura (RSL) seguindo as diretrizes estabelecidas e empregando parâmetros de avaliação de qualidade. O processo da RSL se divide em três etapas, em que inicialmente tem-se o planejamento do qual é nesse momento que é definido o protocolo da pesquisa, em seguida a fase da condução que tem o objetivo de extrair e sintetizar os estudos primários encontrados na busca em consonância com o protocolo e a terceira etapa é estabelecido o relatório que a fase de apresentação dos resultados.

Percebe-se que a análise da aceitação do consumidor em relação ao consumo de carne a base de plantas vem sendo realizada com maior força, o que demonstra uma preocupação dos estudos quanto as barreiras que podem existir para que o consumidor final torne a redução de carne bovina mais presente em seu cotidiano. Os resultados deste RSL trazem 18 trabalhos primários que tratam de aceitação, barreiras, preocupação ambiental, preferência de marca e entre outros aspectos relacionados ao consumidor.

Esta RSL é um contributo para a junção de fatores que podem auxiliar o aumento do consumo de carne a base de plantas a partir da compreensão do estado da arte da perspectiva do consumidor sobre o assunto, visto que o sucesso da expansão do produto depende fundamentalmente da aquisição do consumidor final, para que o cenário de redução de consumo de carne bovina seja efetiva. Os esforços para este objetivo podem se guiar inicialmente por alguns pontos: a atitude do consumidor na oportunidade de consumo de carne a base de plantas e a intenção do indivíduo em reduzir o consumo de carne bovina.

Lynch, H., Johnston, C., & Wharton, C. (2018). Plant-based diets: Considerations for environmental impact, protein quality, and exercise performance. Nutrients, 10(12), 1–16. https://doi.org/10.3390/nu10121841 Hadi, J., & Brightwell, G. (2021). Safety of Alternative Proteins: Technological, Environmental and Regulatory Aspects of Cultured Meat, Plant-Based Meat, Insect Protein and Single-Cell Protein. Foods, 10(6). Van Vliet, S., Kronberg, S. L., & Provenza, F. D. (2020). Plant-based meats, human health, and climate change. Frontiers in Sustainable Food Systems, 128.