Resumo

Título do Artigo

Teletrabalho por opção versus teletrabalho por obrigação: bem-estar, satisfação e desenvolvimento de competências
Abrir Arquivo

Tema

Gestão de Pessoas e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Luisa Micali Furlani 341.624.948-86
-
2 - Adriana Cristina Ferreira Caldana
- Psicologia
3 - Bárbara Alexandre Lespinasse Camargo
FEA-RP/USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP Responsável pela submissão

Reumo

O teletrabalho tem sido considerado um modo de trabalho vantajoso pela maioria das pesquisas, sempre considerado como tendência, mas com muitas barreiras na implementação e adaptação das empresas. O processo de inovação e digitalização de práticas diárias vinha tomando força nos últimos anos, com a pandemia da COVID-19 esse processo foi acelerado. Inclusive o teletrabalho, que se tornou obrigatório em algumas organizações por conta do isolamento social adotado como medida de contenção da pandemia.
A presente pesquisa tem como objetivo investigar se há diferença entre o teletrabalho por opção e por obrigação, no que tange ao desenvolvimento de competências e satisfação das pessoas empregadas nesse modo de trabalho.
O teletrabalho começou a ser explorado na década de 1970 por Jack M. Nilles, atualmente denominado por alguns como o pai do teletrabalho. Na época, ele utilizou o termo para identificar o agrupamento do trabalho remoto que utiliza da tecnologia da informação (TI) e que é realizado dentro do escritório (NILLES et al. 1976).
Esta pesquisa é descritiva explicativa. Foi realizado método survey, com aplicação de questionário (FONSECA, 2002). A amostra é não-probabilística e ‘por conveniência’. Foi selecionado como público alvo toda e qualquer pessoa que já tenha teletrabalhado ou está teletrabalhando atualmente. Os dados coletados foram tabulados em Microsoft Excel e posteriormente, analisados estatisticamente com o auxílio do software SPSS Statistics 26.
A partir das 434 respostas coletadas de pessoas que já teletrabalharam em algum momento ou estão teletrabalhando atualmente, foi possível confirmar que existem diferenças nas percepções das pessoas que teletrabalham por opção e por obrigação, a distribuição entre as respostas não segue uma normal. Dentre os constructos investigados estão características do trabalho, compromisso, colegialidade, satisfação no trabalho e bem-estar no trabalho.
A partir dos dados coletados e analisados, confirmou-se que as percepções dos dois grupos apresentam diferentes distribuições. As pessoas que estão no teletrabalho por opção tem uma tendência maior em sentir bem-estar. Em relação ao desenvolvimento de competências, não há indícios de que o teletrabalho por opção favoreça o desenvolvimento destas, inclusive, a competência de flexibilidade e adaptabilidade foi indicada como melhor desenvolvida para pessoas em regime de teletrabalho obrigatório. As empresas que aderiram ao modelo por obrigação, apresentaram uma tendência maior às boas práticas.
BERTHIAUME, Ed. Jack Nilles tried to ignite a work-from-home trend 48 years ago. It’s finally here. Lawrence University, 17 de ago. de 2020. Disponível em: . Acesso em: 25 de mar. de 2021. FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila