Resumo

Título do Artigo

Nem tudo é o que os Olhos Vêem: O papel dos Elementos Físicos-sensoriais e da Autoconfiança na Vulnerabilidade de Consumidores com Deficiência Visual
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Tema

Marketing e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Rômulo Benício Lucena Filho
Universidade Federal da Paraíba UFPB - João Pessoa Responsável pela submissão
2 - Edvan Cruz Aguiar
Universidade Federal de Campina Grande - UFCG - Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade

Reumo

As empresas estão usando técnicas de marketing para criar experiências sensoriais enriquecedoras para os clientes, indo além do visual e explorando outros sentidos como audição, olfato, tato e paladar. Isso fortalece o vínculo com os consumidores. No entanto, a atenção a esses aspectos é muitas vezes insuficiente para consumidores com deficiência visual, que enfrentam barreiras sérias ao comprar. A deficiência visual pode afetar a autoconfiança do consumidor, tornando as decisões de compra mais desafiadoras. Cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo têm alguma forma de deficiência visual.
O problema de pesquisa: Como elementos físicos-sensoriais do ambiente de varejo se relacionam com a vulnerabilidade percebida dos consumidores de deficiência visual e sua experiência de compra? O objetivo central do artigo é analisar como elementos físicos-sensoriais do ambiente de varejo se relacionam com a vulnerabilidade percebida dos consumidores de deficiência visual e sua experiência de compra, destacando a importância de abordar essa lacuna na pesquisa e prática do marketing.
A literatura sobre a vulnerabilidade do consumidor considera que ela pode ser identificada através de duas óticas: através do experimentador e dos observadores, distinguindo assim a vulnerabilidade real da percebida (Hill & Sharma, 2020; Baker et al., 2005; Smith & Cooper-Martin, 1997). A vulnerabilidade é real quando ela é vivenciada, sentida, sofrida e identificada diante da experiência do consumidor. A vulnerabilidade percebida ocorre quando um terceiro observa, detecta, identifica e acredita que uma pessoa é vulnerável, quer ela concorde ou não (Hill & Sharma, 2020; Baker et al., 2005).
O estudo assume abordagem quantitativa de caráter descritivo, utilizou-se a modelagem de equações estruturais O público-alvo foi direcionado aos deficientes visuais localizados no Estado da Paraíba. Usou-se uma amostra não probabilística por conveniência, levando em consideração que os critérios são acesso aos entrevistados e a disponibilidade de sua colaboração com a pesquisa. Por fim, foram incluídas para caracterizar a amostra (idade, sexo, escolaridade e renda familiar). Utilizou-se a escala do tipo Likert de 7 pontos, variando de (1) Discordo totalmente a (7) Concordo totalmente.
o layout da loja, a necessidade de toque, autoconfiança e vulnerabilidade percebida ocorreu na satisfação desses consumidores. A música de fundo, apesar de relacionada à vulnerabilidade, não teve impacto significativo. A vulnerabilidade percebida influenciou os níveis de satisfação, destacando a importância do design acessível e a conscientização das empresas sobre as barreiras enfrentadas por esses consumidores. Estratégias inclusivas podem melhorar a experiência de compra e promover igualdade no varejo.
O estudo conclui que quanto maior a preocupação com o Layout de loja menor é a vulnerabilidade percebida dos deficientes visuais, percebeu-se que a necessidade de toque é algo intrínseco as pessoas com a deficiência visual, quando são impedidos de tocar nos produtos mais se percebem vulneráveis, por outro lado, percebeu-se que a autoconfiança estava diretamente relacionada a vulnerabilidade percebida, isso é explicado porque quanto mais autoconfiante é o consumidor com a deficiência visual, mais ele sabe que é vulnerável, para isso ele adota estratégias para mitigar sua experiência de consumo.
Adam, I. (2017). People with visual impairment “watching” television? Leisure pursuits of people with visual impairment in Ghana. Disability & Society, v. 33(1), pp. 39-58. doi: 10.1080/09687599.2017.1381585 Ali, B. J., & Anwar, G. (2021). An empirical study of employees’ motivation and its influence job satisfaction. International Journal of Engineering, Business and Management, 5(2), 21-30. Alpert, M. I., Alpert, J. I., & Maltz, E. N. (2005). Purchase occasion influence on the role of music in advertising. Journal of business research, 58(3), 369-376.