Resumo

Título do Artigo

DESMATAMENTO NOS MUNICÍPIOS PRIORITÁRIOS BRASILEIROS DURANTE O GOVERNO BOLSONARO
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Tema

Estudos da Amazônia

Autores

Nome
1 - Ana Paula Silva dos Santos
UNIFAL Universidade Federal de Alfenas - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, curso de Economia
2 - Anderson de Camargo Eugênio
Universidade Presbiteriana Mackenzie - Faculdade de Direito
3 - Caio César Maritan Cunha
UNIFAL Universidade Federal de Alfenas - Campus Varginha Responsável pela submissão
4 - Manoel Vítor de Souza Veloso
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Reumo

Buscando compreender o aumento do desmatamento na Amazônia, foi elencando um estudo para verificar o impacto de algumas variáveis selecionadas no incremento do desmatamento, mais precisamente o voto em Bolsonaro em 2022 nos municípios prioritários.
Verificar se existe relação entre o voto em Bolsonaro e o incremento do desmatamento nos anos de 2019 a 2022, além disso verificar também se existe impacto do PIB per capita municipal e o o desempenho do indicador do IDEB na redução do desmatamento dos anos citados.
Na busca de compreender os fatores que afetam os padrões climáticos e as variáveis que representam essas mudanças de padrões, Geist e Lambin (2001) conseguiram alicerçar variáveis a partir de estudos internacionais de alguns fatores que influenciam essas mudanças. De acordo com Diniz et al. (2009), Geist e Lambin (2001) foram os pioneiros, a partir de 152 estudos, em conseguir agrupar fatores e causas que possam impactar essas mudanças de padrões climáticos
Definido uma lista de municípios ambientalmente prioritários pelo Decreto nº 6.321/2007, logo após feita a captura dos dados do desmatamento de 2019 a 2022, PIB municipal per capita e o indicador do IDEB, então definida as variáveis será utilizado o modelo de regressão linear ajustado pelo Método do Mínimos Quadrados Ordinários.
O modelo inicial proposto não obteve sucesso com a variável IDEB, foi retirada a mesma utilizando o método backward, logo após se obteve um modelo discutível baseado nos parâmetros propostos e no rigor cientifico do método utilizado. Estima-se pelo modelo que uma variação de 1 % negativo do incremento do desmatamento seja respondido por um crescimento do PIB per capita de 0,4747% enquanto com uma significância maior que 8,87% o incremento do desmatamento nos municípios que elegeram Bolsonaro foi de 80% a mais do que os demais que não o elegeram.
É importante ressaltar que o IDEB não é descartado em outros estudos de desmatamento, apenas para esse modelo especifico ele não obteve sucesso no rigor cientifico do método utilizado. Existe também uma preocupação com o desmatamento ser provocado por incêndios que começam em um município e se alastram para demais municípios adjacentes, potencialmente impactando no desmatamento vizinho. Além disso o estudo pretende expandir sua análise para variáveis econômicas, sociais e demais que pelo vasto arcabouço teórico impactam no desmatamento.
ARRAES, R. D. A.; MARIANO, F. Z.; SIMONASSI, A. G. Causas do desmatamento no Brasil e seu ordenamento no contexto mundial. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 50, p. 119-140, 2012. DINIZ, M. B et al. Causas do desmatamento da Amazônia: uma aplicação do teste de causalidade de Granger acerca das principais fontes de desmatamento nos municípios da Amazônia Legal brasileira. Nova Economia, Belo Horizonte v.19, n. 1, p. 121-151 janeiro-abril de 2009. FEARNSIDE, P.M. Desmatamento na Amazônia brasileira: História, índices e conseqüências. Megadiversidade. 2005. 1(4):pg. 113-123.