Resumo

Título do Artigo

Contabilidade Ambiental como suporte para gestão: aplicação parcial do SICOGEA Geração - 3 em uma indústria metalúrgica
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Tema

Responsabilidade Social Corporativa

Autores

Nome
1 - Juliane Campoe Correa
Universidade Estadual de Maringá - Universidade Estadual de Maringá Responsável pela submissão
2 - Michaele Papaiane
-
3 - Filipe da Silva Santos
Universidade Estadual de Maringá - Campus Regional de Cianorte

Reumo

A preocupação das empresas com os impactos ambientais causados por suas atividades tem crescido à medida que a sociedade exige um posicionamento empresarial comprometido com o desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, as empresas têm adotado instrumentos para o gerenciamento ambiental, que apoiem a identificação de problemas intrínsecos aos processos da empresa. Uma destas ferramentas é o Sistema Contábil Gerencial Ambiental – SICOGEA, o qual busca medir o nível de sustentabilidade das ações de uma empresa.
Considerando o SICOGEA – Geração 3 que, por meio do grau de sustentabilidade, auxilia as instituições na resolução de problemas ambientais e que empresas metalúrgicas possuem atividades que causam danos severos ao meio ambiente, pergunta-se: Como está o gerenciamento dos aspectos ambientais e o nível de sustentabilidade em uma empresa metalúrgica? Assim, este estudo tem como objetivo geral analisar o nível de gerenciamento dos aspectos ambientais e de sustentabilidade de uma empresa metalúrgica.
Um sistema de contabilidade ambiental incorpora os efeitos ambientais à contabilidade tradicional, fazendo a junção do meio ambiente aos negócios, envolvendo todos os sistemas da empresa. Assim, tem-se a gestão ambiental inserida no sistema contábil empresarial. Dessa forma, a contabilidade como sistema de informação pode dar suporte às necessidades da gestão ambiental auxiliando no registro, na análise de fatos ambientais e na interpretação de informações, dando suporte de forma mais segura para o processo decisório.
Estudo de caso em uma pequena metalúrgica, localizada no município de Maringá, estado do Paraná, com visitas in loco e realização de entrevistas. Usou-se como instrumento de pesquisa o SICOGEA – Geração 3, aplicando-se somente a fase 1 da terceira etapa deste sistema. As entrevistas foram semiestruturadas, utilizando-se de uma lista de verificação com 95 questões extraídas da pesquisa de Pfitscher (2004) e adaptadas à empresa estudada. A atribuição de pesos às questões e os cálculos usados para encontrar o nível de sustentabilidade foram feitos conforme indicado na ferramenta SICOGEA.
Verificou-se que a empresa apresenta um desempenho ambiental considerado fraco nos seguintes grupos-chave da metalúrgica: produção; recursos humanos; marketing; finanças e contabilidade. A empresa não dá a devida atenção a avaliação dos impactos de seu processo produtivo em relação ao meio ambiente, nem a capacitação de seus colaboradores. Ainda não há qualquer tipo de divulgação na mídia sobre a área ambiental e não faz aplicação de recursos para conformidade ambiental. Fez-se uma proposta de plano resumido de gestão ambiental usando a ferramenta 5W2H.
A empresa apresenta um baixo grau de sustentabilidade, com um percentual de 39,43%. A empresa não demonstra preocupação com aspectos ambientais e não acredita que essas questões são mais vantajosas no mercado atual, embora ela faça decantação da água usada no processo produtivo, possua painel solar e alguns critérios para a escolha de produtos ambientalmente corretos. Observou-se a importância do SICOGEA como ferramenta formal e estruturada para o auxílio das questões ambientais e na capacidade de identificar possíveis danos ou benefícios que uma empresa está sujeita.
BERNARDES, R.; FREITAS, C. L. DE; PFITSCHER, E. D. Análise de sustentabilidade ambiental: estudo multicaso em duas empresas do setor de engenharia com a aplicação parcial do SICOGEA – geração 3. Caderno de Administração , v. 25, n. 1, p. 47-63, 14 jul. 2017. LIMONGI, Bernadete et al. A contabilidade ambiental como instrumento de auxílio na gestão: aplicação parcial do SICOGEA em uma instituição de ensino. In: Congresso de Contabilidade e Auditoria. 2008. p. 1082-1098.