Resumo

Título do Artigo

A RELAÇÃO ENTRE APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL E SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
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Tema

Educação e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - JAYSA ELIUDE AGUIAR DOS SANTOS
Universidade Federal da Paraíba UFPB - Programa de Pós Graduação em Administração Responsável pela submissão

Reumo

As discussões sobre aprendizagem organizacional passaram a serem visualizadas como ativos estratégicos das organizações, no sentido em que permitem e melhoram a capacidade dessas organizações responderem às pressões e dinâmicas de mercado de maneira mais eficiente. Nesse sentido, com a pressão sobre as organizações em considerarem aspectos ambientais e sociais nas suas práticas inclusive como elemento de reputação no contexto organizacional, o olhar para a sustentabilidade se mostra cada vez mais necessário.
A aprendizagem organizacional é fundamental para formar indivíduos conscientes e capazes de participar ativamente na organização e sociedade em que vivem. Essa formação deve incluir a compreensão de valores como responsabilidade social, solidariedade, respeito às diferenças e cuidado com o meio ambiente. Partindo disso, este trabalho tem como objetivo analisar, por meio de uma revisão sistemática de redes – SLNA, a relação entre aprendizagem organizacional e sustentabilidade empresarial.
Na aprendizagem organizacional associada a sustentabilidade, percebe-se que há uma concentração no indivíduo, mas sobretudo em buscar compreender a complexidade da relação do humano com a natureza. No nível individual, de acordo com Feeney et al. (2023), o aprendizado é o primeiro passo para adoção de práticas organizacionais mais sustentáveis, partindo do indivíduo, seus comportamentos e percepções acerca da sustentabilidade para o grupo. Essas interações entre indivíduos e grupos, a partir dos aspectos de aprendizagem, conseguem criar ambientes de troca que geram conhecimento.
Esta pesquisa segue uma abordagem qualitativa e foi realizada por meio do desenvolvimento de uma RSL que, de acordo com Tranfield, Denyer e Smart (2003), consiste em organizar um conjunto de conhecimentos para uma investigação acadêmica específica. De forma complementar a RSL foi adotada a Citation Network Analysis (CNA), que permite a identificação de clusters que auxiliam no entendimento das áreas de interesse nesse trabalho, adotadas de maneira combinada é possível realizar uma Systematic Literature Network Analysis (SLNA) oportunizando maximizar a contribuição de cada uma delas
Os resultados da pesquisa empreendida revelam que as temáticas investigadas de maneira conjunta têm sido estudadas desde 2001, mas de maneira mais expressiva a partir de 2015, isso pode ser consequência das conferências de sustentabilidade e da publicação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (United Nations, 2015). A aprendizagem organizacional e sustentabilidade estão interligadas, nesse sentido, considerando a capacidade da aprendizagem organizacional em levar a mudanças que melhoram a sustentabilidade nas empresas.
Pelas redes é possível perceber que as motivações para a unificação dessas temáticas se suportam no desempenho dos negócios por meio do discurso da sustentabilidade, como ativo estratégico e fonte de vantagem competitiva. Além disso, trabalhos que reforçam a importância da gestão sustentável e gestão para sustentabilidade foram evidentes, considerando, inclusive a aprendizagem organizacional como uma capacidade para a sustentabilidade. Pode-se dizer que a preocupação com a sustentabilidade leva as empresas a buscar soluções reais e sustentáveis.
Argyris, C.; Schön. (1996). Organizational Learning II: Theory, Method, and Practice. Boston: Addison-Wesley, p. 3- 29. Feeney, M., Grohnert, T., Gijselaers, W., & Martens, P. (2023). Organizations, learning, and sustainability: A cross-disciplinary review and research agenda. Journal of Business Ethics, 184(1), 217-235. Jeong, S., Han, S. J., Lee, J., Sunalai, S., & Yoon, S. W. (2018). Integrative literature review on informal learning: Antecedents, conceptualizations, and future directions. Human Resource Development Review, 17(2), 128–152.