Resumo

Título do Artigo

ECONOMIA CRIATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA
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Tema

Políticas Públicas para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Ana Maria Vicente da Silva
Universidade Federal de Pernambuco - Programa de Pós-Graduação em Administração PROPAD Responsável pela submissão
2 - Luma Michelly Soares Rodrigues Macri
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UACC
3 - MARIA DE FÁTIMA NÓBREGA BARBOSA
- UACC
4 - MARCOS MACRI OLIVERA
- UACC/CCJS

Reumo

Em paralelo a economia tradicional, está a economia criativa, que possui como matéria prima a criatividade, a cultura e o capital intelectual. Ao mesmo tempo, o conceito de desenvolvimento sustentável contribui para o entendimento sobre um modelo de desenvolvimento alternativo, pautado no tripé da sustentabilidade (social, ambiental e econômico). Neste trabalho, defende-se que os aspectos da cultura e criatividade também podem ser adicionados ao tripé, tendo em vista o alcance do desenvolvimento sustentável perante uma economia criativa
Observa-se que a literatura sobre o tema apresenta diversas pesquisas dessa natureza que fazem discussão da EC e do DS de forma separada, conforme apontado nos trabalhos relacionados citados anteriormente. Diferentemente, este estudo se debruça apenas na literatura, publicada em fontes relevantes, que utiliza os dois constructos EC e DS, de forma a entender a correlação entre eles e os efeitos que isso pode gerar do ponto de vista econômico, social e ambiental. Não se prende fazer um aprofundamento analítico sobre o tema, o que seria objetivo de uma revisão sistemática.
A economia criativa - EC se apresenta com uma economia que se situa em meio a economia tradicional, mas possui características próprias. Esta por sua vez, possui como matéria-prima a criatividade, capital intelectual, diversidade e os aspectos culturais (HOWKINS, 2001). Com isso, o gerenciamento, a conservação, o acesso, a distribuição e o investimento em "cultura" e seus resultados, tornam-se prioritário. Nesse sentido, a cultura foi evocada para resolver problemas que eram de domínios da economia e da política (YÚDICE, 2013).
O método escolhido foi uma análise bibliométrica de acordo com Chueke e Amatucci (2015) nas bases Web of Science e Scopus. Esse tipo de pesquisa possibilita o entendimento sobre temáticas em ascensão, ademais, fornece um panorama dos fundamentos ao estado da arte sobre temáticas, o que pode conduzir a novas pesquisas e a apresentação de tendências para pesquisas futuras (SILVA et al., 2022).
O estudo apresenta um overview do campo para o período de 1997 a 2023, com uma população de 872 artigos e uma amostra de 540. Observa-se uma tendência na evolução da temática com crescimento considerável a partir de 2017. No entanto, as produções até o ano de 2008 servem como respaldo para a temática. As primeiras produções ocorreram no Reino Unido, mas, atualmente a China vem assumindo a liderança, principalmente com pesquisas sobre inovação. Os principais desdobramentos sobre a temática são em torno da inovação, turismo e cidades.
De modo geral, defende-se que a EC apresenta como potencial para o DS. A literatura que enfatiza o tema é recente, só conseguiu crescimento considerável a partir de 2017. Mas, apresenta-se como uma temática que está em evolução, e requer contribuições para consolidar a EC não apenas como transversal ao DS, mas como um elemento central, tendo em vista seu papel na economia e sociedade atualmente. Além disso, como a grande maioria das temáticas, esta vem crescendo em sentido fragmentado, com publicações isoladas de pequenos grupos de autores.
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialectic of enlightenment. London: Verso, 1979. ARIA, M.; CUCCURULLO, C. Bibliometrix: An R-tool for comprehensive science mapping analysis. Journal of Informetrics, v. 11, n. 4, p. 959–975, nov. 2017. CAVES, R. E. Contracts Between Art and Commerce. Journal of Economic Perspectives, v. 17, n. 2, p. 73–83, 1 maio 2003. CHANG, W. S.; LEE, S. Yun-Huan. Policy momentum for the development of Taiwan's cultural creative industries. Current Issues in Tourism, v. 18, n. 11, p. 1088-1098, 2015.