Resumo

Título do Artigo

CIDADES INTELIGENTES E CIDADES COGNITIVAS: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA E CIENTOMÉTRICA
Abrir Arquivo

Tema

Cidades Sustentáveis e Inteligentes

Autores

Nome
1 - Gilberto Luiz de Souza Paula
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC - Engenharia e Gestão do Conhecimento\Matemática
2 - Ana Ester da Costa
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC - Programa de Pós-graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento - PPGEGC Responsável pela submissão
3 - João Artur de souza
-
4 - Roberto Carlos dos Santos Pacheco
-

Reumo

As áreas urbanas estão crescendo velozmente à medida que cresce a população mundial. Os desafios se tornam cada vez mais abrangentes, nesse contexto complexo e as cidades recorrem cada vez mais às tecnologias digitais como solução. As cidades inteligentes possuem grande ênfase tecnológica, enquanto as Cidades cognitivas expandem o conceito tecnológico com foco em aprendizado e adaptação. Este estudo investiga diferenças entre os termos cidades inteligentes (Smart) e Cognitivas (Cognitive) quando utilizados por profissionais de diferentes áreas.
As Cidades Cognitivas se configuram em uma nova abordagem, que ampliam o conceito de cidades inteligentes, porém não está claro na literatura como os termos cidades inteligentes e cognitivas são distintos e qual o perfil de publicações por perfil profissional. As Cidades Cognitivas ainda se encontra com a literatura limitada. O objetivo é analisar essas diferenças conceituais por meio de indicadores bibliométricos analisando a utilização dos termos "cidades inteligentes" e "Cidades Cognitivas" (Smart City e Cognitive City) que muitas vezes são utilizados de forma intercambiável.
As Cidades Inteligentes emergem como um dos temas de destaque na era da 4ª revolução industrial. Essencialmente, trata-se de uma cidade que se vale amplamente da tecnologia da informação e comunicação para operar e prosperar,(Okafor, Aigbavboa, Akinradewo & Thwala, 2021). Cognitivas são um avanço das inteligentes e um conceito relativamente recente (Finger & Portmann,2016) e estudos sugerem um novo paradigma para o planejamento e gestão urbana integrando a inteligência artificial e a cognição humana para criar cidades mais eficientes, sustentáveis e resiliente(Hanif, Sanchez, Prashad, 2021)
O estudo realizou uma análise bibliométrica para analisar o comportamento e propriedades dos termos nas diferentes áreas e estruturas de pesquisa nas áreas: Estudos Urbanos, Automação e Sistemas de Controle, Arquitetura, e Tecnologia de Construção de Prédios, Casas e Espaços Físicos na base de dados Web Of Science (bibliometria). Foram analisados os 500 artigos mais citados sobre cidades inteligentes e cognitivas. O Teste t-student avaliou as diferenças entre cidades inteligentes e cognitivas (Cientometria).
Há prevalência dos termos cidades inteligentes nas áreas de automação e tecnologia; de cidades cognitivas nas áreas de estudos urbanos e arquitetura. O teste t confirmou diferenças significativas entre os termos. Cidades cognitivas têm maiores lacunas em pesquisa. O valor de t crítico bicaudal foi 2,06389, que para 24 graus de liberdade é probabilidade (P) de 0.05 (nível de confiança de 5%), existe uma diferença ao nível de significância de 5% entre as duas amostras normalizadas estudadas
A Bibliometria realizada na base de Dados WOS, demonstrou diferenças entre as duas perspectivas. A área de Estudos Urbanos concentra o maior número de publicações em ambas as cidades. As Cognitiva são mais citadas nas áreas de Arquitetura e Estudos Urbanos, enquanto as Cidades Inteligentes são mais citadas nas áreas de Tecnologia de Construção e Automação e Sistema. Existe uma diferença efetiva entre a escolha dos termos e o perfil profissional do pesquisador. O R-Studio (cientometria), avaliou estatísticamente que as amostras são significativamente diferentes, o test t validou os resultados.
Bajdor & Starostka-Patyk (2021); Finger & Portmann (2016); Moyser & Uffer (2016); Patra, Bhattacharya & Verma (2006); Hanif, Sanchez & Prashad (2021); Menon, Khosravi, Jolfaei, Kumar & Vinod (2022); Pritchard (1969); Racine & Jeffrey (2012).