Resumo

Título do Artigo

INCLUSÃO BANCÁRIA: atuação dos bancos digitais no relacionamento das pessoas com o sistema bancário
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Tema

Finanças Sustentáveis

Autores

Nome
1 - Ana Clara Ferraz Catarino
Universidade Presbiteriana Mackenzie - Centro de Ciências e Tecnologia - CCT/Campinas - Campinas
2 - Caetano Oliveira de Souza
Universidade Presbiteriana Mackenzie - Centro de Ciências e Tecnologia - CCT/Campinas - .
3 - Jose Matias Filho
Universidade Presbiteriana Mackenzie - Centro de Ciências e Tecnologia - CCT / Campinas Responsável pela submissão
4 - Ricardo Antônio Fernandes
Universidade Presbiteriana Mackenzie - Centro de Ciências e Tecnologia - CCT/Campinas

Reumo

INCLUSÃO BANCÁRIA: atuação dos bancos digitais no relacionamento das pessoas com o sistema bancário A transformação para o mundo digital, fenômeno que vem ocorrendo há algumas décadas, leva em conta a popularização e acesso mais abrangente à tecnologia, inclusive a internet, contribuindo para a inclusão bancária, de forma sustentável. O Surgimento de novas soluções digitais na área bancária está atrelado a essa transformação, notadamente aqui no Brasil. Dentre essas novas soluções, estão os bancos digitais e as fintechs. O Banco Central do Brasil define essas empresas com as que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia, criando modelos de negócios inovadores, atuando por meio de plataformas online (BCB, 2022). Essas iniciativas tecnológicas estão em consonância com vários dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável proposto pelas Nações Unidas, principalmente: 8 – trabalho decente e crescimento econômico, 9 – indústria, inovação e infraestrutura e 11 – cidades e comunidades sustentáveis (NAÇÕES UNIDAS-BRASIL, 2024), na medida que as inovações propostas pela digitalização do sistema bancário atuam no sentido de inovar o setor, promover a sustentabilidade do processo e o crescimento econômico do país, entre outras contribuições. Esse estudo procurou detectar essa movimentação ou migração para os bancos digitais, analisando uma amostra da população, e as formas como as pessoas enxergam o serviço bancário, contribuindo para sua inclusão. De acordo com o BCB (2022) os bancos comerciais são uma parte fundamental do Sistema Financeiro Nacional. Estão classificados como parte dos operadores do sistema financeiro. São instituições financeiras que desempenham um papel central na captação de recursos junto ao público e na concessão de empréstimos, financiamentos e serviços bancários tradicionais. Atuam como intermediários financeiros, conectando os poupadores e tomadores de recursos financeiros. Trabalhos contemporâneos sobre o tema, como o de Amaral et al., (2022), afirmam que há evidências de que as quantidades de clientes e de operações realizadas pelos bancos digitais, impactaram consideravelmente os seus resultados financeiros, tendo grande representatividade no mercado bancário, corroborando o fato de que essas variáveis aumentam a inclusão bancária. Já de acordo com Sigoli (2020), os bancos digitais oferecem facilidade em suas transações por meio de um site ou aplicativo confiável, maior autonomia na realização de ações nas contas, bem como a diminuição de tarifas. A pesquisa realizada foi delineada como um estudo de natureza exploratória, seguindo as analogias de Gil (2002). A amostra consistiu em 121 respondentes de uma pesquisa online por formulário googleform, na Região Metropolitana de Campinas. As respostas ajudaram a entender o comportamento e a opinião dos respondentes, buscando atingir os objetivos propostos do estudo. Após a coleta e tratamento dos dados, as seguintes análises foram implementadas, em função das questões respondidas: • Perfil dos respondentes: A amostra apresentou um total de 121 respondentes, sendo 79 do sexo feminino (65,3%) e 42 do sexo masculino (34,7%). A faixa etária predominante foi de 22 a 34 anos, com 74 participantes (61,1%), seguida da faixa etária de 35 a 50 anos com 23 respondentes (19,0%). O nível de escolaridade dos respondentes foi principalmente de pós-graduados com 61 respondentes (50,4%), sendo que outros 46 respondentes tinham nível de graduação, ou 38,0% da amostra. • Não utilização dos bancos digitais: 24% dos respondentes não se utilizam de bancos digitais. Destes, 69% o fazem por preferência própria, outros 17% não conhecem bancos digitais. • Instituição mais utilizada: o Nubank foi a respostas de 28,93%, Itaú-Unibanco recebeu 20,66% das respostas. Ademais, notou-se que a utilização de bancos digitais se dá entre todas as faixas de idade, com uma predominância entre 22 e 34 anos. • Desvantagens dos bancos digitais em relação aos tradicionais: pôde ser percebido que a maior parte dos respondentes, 39,07%, se preocupam com a falta de atendimento pessoal nas plataformas. 28,01% dos respondentes se preocupam com a segurança online, enquanto 12,04% observam uma limitação na oferta de serviços. • Vantagens dos bancos digitais em relação aos tradicionais: o principal ponto de vantagem entre os respondentes, com 47,01% das respostas, é o acesso fácil e rápido aos serviços. Outros 33,01% notaram menores taxas e tarifas, enquanto13,02% destacaram a inovação tecnológica. Dessa forma, é possível inferir que há uma procura maior por facilidades e agilidade, como fator de decisão dos clientes com relação a escolha da instituição financeira. • Personalização de serviços: 41,03% dos respondentes acreditam que ambos os tipos de instituições possuem o mesmo nível de personalização em serviços. 18,02% acreditam que bancos tradicionais oferecem serviços personalizados melhores, 27,47% que bancos digitais apresentam serviços personalizados de forma superior. É notória, portanto, a importância das modernizações e benefícios oferecidos pelos bancos digitais. Esta tendência reflete não apenas uma adaptação nas preferências dos consumidores, mas também a crescente adoção de tecnologias no setor bancário tradicional. Na pesquisa em questão, foi possível observar o quanto a chegada dos bancos digitais provocou mudanças no formato do relacionamento com os clientes, na busca por praticidade e rapidez. O banco Nubank aparece em destaque, seguindo pelo banco Itaú-Unibanco, este fortemente adaptado ao formato de serviços digitais. Entende-se que os objetivos do trabalho foram atingidos, sendo possível concluir que a maior parte dos respondentes utilizam bancos digitais, absorvendo as inovações trazidas por essa nova modalidade, que possui características mais sustentáveis que a forma tradicional de transação bancária. Espera-se com este estudo contribuir com o tema. Sugestões de novas e mais abrangentes investigações a respeito do tema são recomendadas, de forma a complementar e aprofundar os estudos aqui discutidos. REFERÊNCIAS AMARAL, A.C.F., CASTRO, P. P., MARTINS, L. S., PEREIRA, C. L., RAINHO, A. G., O Impacto dos Bancos Digitais no Sistema Bancário Brasileiro. 2022. Disponível em: https://congressousp.fipecafi.org/anais/22UspInternational/ArtigosDownload/3695.pdf. Acesso em: 09/11/2023. BCB – Banco Central do Brasil. Perfil e evolução das entidades digitais no Sistema Financeiro Nacional. 2022. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/content/publicacoes/boxe_relatorio_de_economia_bancaria/reb2022b8p.pdf. Acesso em: 09/11/2023 GIL. A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 2002. Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/150/o/Anexo_C1_como_elaborar_projeto_de_pesquisa_-_antonio_carlos_gil.pdf. Acesso em: 09/11/2023 NAÇÕES UNIDAS-BRASIL. Sobre o nosso trabalho para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil. 2024. Disponível em: brasil.un.org/pt-br/sdgs. Acesso em 29/07/2024. SIGOLI, L.A. HOFMANN, R.M. Bancos Digitais e o Comportamento do Consumidor: Uma Revisão de Literatura.