Resumo

Título do Artigo

IDENTIFICAÇÃO DO EXCEDENTE DAS ÁREAS DE VEGETAÇÃO NATIVA EM ASSENTAMENTO RURAL NO CERRADO BRASILEIRO E PERSPECTIVAS DE SUA UTILIZAÇÃO
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Tema

Agronegócios e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Marielly Silva dos Santos
Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD - Faculdade de Administração, Ciências contábeis e Economia Responsável pela submissão
2 - João Augusto Rossi Borges
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Reumo

O Brasil tornou-se um dos principais produtores e exportadores de commodities do mundo, impulsionado pela expansão da área de produção e pelo aumento da produtividade. No entanto, esse crescimento tem levado à conversão de vastas áreas de vegetação nativa em novas áreas agrícolas, resultando em supressão e desmatamento, especialmente no bioma Cerrado, onde cerca de 91,3 milhões de hectares foram destinados à agropecuária. Apesar do Código Florestal Brasileiro de 2012 estabelecer critérios mínimos para a preservação da vegetação nativa em propriedades rurais, muitas propriedades ainda possuem áreas excedentes de vegetação. Diante desse cenário, esta pesquisa teve como objetivos: identificar as áreas remanescentes de vegetação nativa em um assentamento rural no Cerrado de Mato Grosso do Sul; identificar o excedente de vegetação nativa nas propriedades rurais do assentamento; e investigar as perspectivas de uso dessas áreas excedentes. Através de dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), foram identificadas as áreas remanescentes de vegetação, e, com observações diretas e análise de mapas, foram localizadas as áreas excedentes nas propriedades. A investigação das perspectivas de uso das áreas excedentes foi realizada por meio de entrevistas presenciais com 25 produtores rurais e entrevistas virtuais com dois agentes do INCRA, sendo os dados analisados por estatística descritiva e análise de conteúdo. Os resultados revelaram que o assentamento possui 2.393,50 hectares de vegetação excedente, passíveis de desmatamento legal. A maioria dos produtores ainda não suprimiu essas áreas devido à falta de recursos financeiros, mas manifestaram interesse em preservá-las caso recebam incentivos financeiros de governos ou entidades privadas. Destaca-se que a participação desses produtores em programas de incentivos ambientais está condicionada à regularização fundiária.