Resumo

Título do Artigo

Educação Ambiental: Uso de Pokémons no ensino de entomologia
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Tema

Educação e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Karina Porto da Luz Chianello
-
2 - Gabriele Pinheiro Loureiro
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - Campus Maracanã Responsável pela submissão

Reumo

Os insetos são organismos indispensáveis para a manutenção do equilíbrio ecológico de quase todos os ecossistemas do planeta. A adaptação da educação ambiental sobre essa classe taxonômica é um importante fator para popularizar sua relevância, quebrar estigmas sociais relativos a esses animais, despertar interesse pelo aprendizado e conservação de espécies, bem como conscientizar sobre sua biodiversidade. A franquia Pokémon, criada em 1995, é centrada na captura de criaturas ficcionais para catalogação e disputa entre si. Uma cultura que começou com alguns jogos, hoje está presente em cartas colecionáveis, brinquedos, filmes, mangás e desenhos de televisão. A marca alcançou um nível de popularidade no qual pessoas do mundo todo conseguem identificar animais fictícios, surgindo assim uma possibilidade para educadores alcançarem jovens com atividades lúdicas, para tornar o aprendizado e a conscientização ambiental mais eficientes. O presente trabalho explora como utilizar Pokémons semelhantes a insetos para tratar temas como metamorfose e outros pontos da entomologia a partir de oficinas de educação ambiental elaboradas pelas autoras dentro do espaço do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) no Parque Estadual do Grajaú (PEG). A metodologia aplicada para a realização das atividades foi a de pedagogia circular, onde as crianças são dispostas ao redor da educadora. Uma vez acomodadas, inicia-se o processo de contextualização, em que questões sobre entomologia são levantadas para as crianças, como o que são insetos e quais as diferenças entre insetos e aracnídeos. Após essa familiarização, que já desperta o interesse e conforto para que as crianças façam seus apontamentos, são apresentadas as caixas entomológicas, elaboradas pela autora Karina Chianello, a partir de materiais reciclados e insetos coletados sem vida. Enquanto as caixas passam pelas crianças, incentiva-se o olhar atento às características dos invertebrados e, em seguida, é explicado sobre o ciclo de vida dos insetos. A atividade é focada no gênero dos Lepidópteros, composto por borboletas e mariposas. Uma vez que a explicação sobre metamorfose é de difícil alcance para crianças devido à falta de recursos visuais ou proximidade com a natureza, estabelecer uma conexão com algo popular nessa faixa etária torna o ensino mais lúdico. A franquia Pokémon, caracterizada por personagens muitas vezes similares à fauna e flora existentes pelo mundo, entra como um recurso pedagógico valioso. Equipara-se o ciclo de vida de uma borboleta com o do Butterfree, o único pokémon que respeita o ciclo completo dos insetos com as 4 fases, sendo elas: Ovo, Caterpie (fase larval), Metapod (crisálida) e Butterfree (fase adulta). Em síntese, percebeu-se, após meses de experiências, que a adaptabilidade de educadores ambientais é indispensável para o alcance do público. A reconfiguração do imaginário coletivo sobre a classe dos insetos tem sido um passo importante para a conservação desses animais responsáveis pela manutenção da vida no planeta, e a utilização de ícones da cultura pop é uma ferramenta eficaz.