Reumo
Este ensaio teórico investiga o potencial das aplicações de crowdsensing como ferramentas para a gestão participativa em cidades inteligentes, utilizando o ParticipACT como caso de estudo. O trabalho se baseia no contexto da urbanização acelerada e na crescente necessidade de ferramentas inovadoras para promover a participação cidadã na gestão urbana. O objetivo do estudo é demonstrar a relevância das aplicações crowdsensing para a gestão participativa em cidades inteligentes, explorando os conceitos de cidades inteligentes, gestão participativa, comunicação em mídias digitais e participação cívica, além de analisar as características e aplicações de ferramentas de crowdsensing. A análise se desenvolve a partir da definição de cidades inteligentes como ambientes que empregam tecnologias digitais para melhorar a qualidade de vida e promover a sustentabilidade. A gestão participativa, neste contexto, assume um papel crucial, impulsionada pela necessidade de integrar as necessidades e perspectivas dos cidadãos nas decisões sobre o desenvolvimento urbano. O estudo destaca a importância de ferramentas digitais para facilitar a comunicação entre gestores e cidadãos, argumentando que as aplicações crowdsensing se apresentam como uma ferramenta promissora nesse sentido. O ensaio aprofunda a discussão sobre a comunicação em mídias digitais e participação cívica, reconhecendo a importância da comunicação pública como ferramenta de engajamento e construção de uma relação mais próxima entre governo e cidadãos. Destaca a necessidade de estratégias de comunicação que promovam a transparência, o acesso à informação e a participação ativa dos cidadãos na tomada de decisões públicas. Ainda, a análise se concentra nas aplicações de crowdsensing, definindo-as como ferramentas que aproveitam a participação voluntária dos cidadãos na coleta de dados por meio de smartphones e plataformas digitais. O ensaio traz como exemplo a aplicação do ParticipACT, um projeto brasileiro para cidades inteligentes, que utiliza dados coletados por crowdsensing para otimizar o uso de recursos, gerar informações relevantes para políticas públicas e promover o bem-estar social. O estudo conclui que as aplicações crowdsensing têm o potencial de promover a gestão participativa em cidades inteligentes, facilitando a comunicação entre gestores e cidadãos, promovendo o engajamento cívico e contribuindo para a construção de cidades mais eficientes e sustentáveis. Por fim, sugere-se que pesquisas futuras explorem diferentes aplicações de crowdsensing e avaliem seu desempenho em diversos contextos urbanos.