Resumo

Título do Artigo

Implantação da coleta seletiva solidária na UFSM
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Tema

Estratégia para a sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Marta Regina Lopes Tocchetto
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM - Universidade Federal de Santa Maria Responsável pela submissão
2 - Andreli Lopes Picolli
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM - Santa Maria
3 - Ana Elisa Souza Pereira
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Reumo

A coleta seletiva prevê a separação dos resíduos na origem, de tal modo que retornem ao ciclo produtivo. O Decreto Federal no 5940 estabelece que os órgãos e entidades da administração pública direta e indireta devem instituir a coleta seletiva solidária (BRASIL, 2006). O contexto apresentado corrobora com o objetivo do presente artigo que é relatar a implantação e a estrutura da coleta seletiva solidária na UFSM. O período do presente relato é janeiro de 2016 a julho de 2017. A Coleta Seletiva Solidária é mais do que o cumprimento legal, representa um passo em direção à sustentabilidade.
A implantação da coleta seletiva solidária na UFSM é mais do que o cumprimento do estabelecido pelo Decreto 5940/2006 e da Política Nacional de Resíduos Sólidos, representa a responsabilidade socioambiental da Instituição com a comunidade em que está inserida e com a formação de seus alunos, a qual deve dar-se na sustentabilidade, contribuindo assim, para a formação de cidadãos mais conscientes e melhores. As universidades, assim como outros empreendimentos, são responsáveis pela destinação adequada dos resíduos que geram.
Não é aceitável que uma instituição de ensino, cujo objetivo é formar, não apenas profissionais, mas cidadãos, negligencie com a gestão ambiental e com o gerenciamento de resíduos, considerando o objetivo específico deste artigo. Esta situação até então, representava um aspecto conflitante no desenvolvimento das atividades da UFSM. Situação agravada pelo descumprimento desde 2006 do Decreto 5940. Este contexto motivou a equipe em 2016, iniciar o processo para a implantação da coleta seletiva e de ações que a complementasse.
A coleta seletiva solidária visou implantar o gerenciamento adequados dos resíduos não perigosos (recicláveis, resíduos orgânicos e rejeitos). Os resíduos recicláveis destinaram-se às Associações que realizavam a separação dos diferentes tipos de materiais e a comercialização. Os resíduos orgânicos em quatorze pontos foram encaminhados à compostagem. À coleta pública continuaram sendo encaminhados os rejeitos. Para facilitar a separação foram adotadas três cores para diferenciar os tipos de resíduos: a) preto ou cinza; b) verde; e c) marrom.
Estima-se que, semanalmente, nos sessenta e quarto pontos implantados estavam sendo coletados, em torno de 1.500 kg de resíduos recicláveis. A comercialização contribuiu, no período em questão, para a renda de cerca de 40 famílias vinculadas às quatro Associações habilitadas. Com relação aos resíduos orgânicos, cerca de 750 kg estavam sendo destinados à compostagem. Quantidade deixada de ir para o aterro da cidade, contribuindo também para a melhoria da situação dos contêineres e seu entorno. A valorização do papel do catador e das Associações foi um ponto forte das ações da coleta.
A Coleta Seletiva Solidária contribuiu para que a Instituição dê os primeiros passos em direção à sustentabilidade e à implantação de um sistema de gestão ambiental. As associações de catadores na cidade trabalham de forma muito precária e com grandes dificuldades, o desenvolvimento de um trabalho integrado que buscou valoriza-los como profissionais conferindo dignidade aos mesmos e à atividade que desenvolvem. A implantação de estratégias ambientais por parte das instituições demonstra o comprometimento das mesmas com o exemplo positivo a ser seguido.