Resumo

Título do Artigo

ANÁLISE DAS DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE EM EMPRESAS DO AGRONEGÓCIO
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Tema

Responsabilidade social corporativa

Autores

Nome
1 - Paulo Vinícius de Miranda Pereira
Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat - Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat Responsável pela submissão
2 - MARCOS MIRANDA PEREIRA
Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) - Administração
3 - Greici Joana Parisoto
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - PPG-Agronegócio / UFRGS

Reumo

Com a transformação na capacidade de produção, surgiu os problemas ambientais, tornando necessário os estudos em sustentabilidade. Uma sociedade sustentável é aquela que melhora a qualidade da vida ao mesmo tempo em que respeita a capacidade de produção dos ecossistemas. Para Callado (2005) as organizações tiveram que se readequar diante da necessidade do alinhamento entre questões sociais, ambientais e econômicas. Logo, o agronegócio ganha relevância na responsabilidade de atender a preservação do meio ambiente.
Desta forma, buscou-se responder neste artigo: as empresas ligadas ao agronegócio estão praticando a Sustentabilidade nas dimensões ambiental, econômica e social? Para tanto, o presente estudo analisou os Relatórios de Sustentabilidade de três organizações que se destacaram no agronegócio brasileiro, segundo o ranking Melhores & Maiores 2017 da Revista Exame.
Bansal (2005) evidencia que uma organização alcança a sustentabilidade quando associa aos seus métodos à eficiência econômica, equidade social e ambiental em seus resultados. Barbieri (2011), frisa que as organizações incorporaram recentemente o desenvolvimento sustentável como um fator econômico e estratégico, diferenciando-se das outras, e utilizando disto como uma forma de estratégia organizacional. Sachs (2010) aponta que o desenvolvimento sustentável requer empenho de todos, onde se devam alinhar as diferentes ideologias aos interesses do meio ambiente.
O estudo pode ser qualificado quanto ao objetivo proposto, como pesquisa aplicada, quanto a abordagem, quantitativa e descritiva. A pesquisa baseou-se na análise documental, na qual foram observados os Relatórios Socioambientais disponíveis nos sítios oficiais de 03 (três) organizações, que, segundo a edição 2017 dos Melhores & Maiores da Revista Exame, se destacaram no setor do Agronegócio, a saber: Klabin – destaque no setor “madeira e celulose”; C.Vale – Cooperativa Agroindustrial – destaque no setor “Aves e Suínos”; e Bunge – destaque no setor de “Alimentos e Bioenergia”.
A Klabin demonstrou que pode haver desenvolvimento social e ambiental aliado ao desenvolvimento econômico, observado pela expansão dos negócios, diversificação e inovação. A C.Vale possui maior preocupação com a comunidade local, deixando claro que a empresa tem um papel na melhoria da qualidade de vida de seus colaboradores e da sociedade. A Bunge possui práticas integradas em relação ao desenvolvimento social, ambiental e econômico, visando a conscientização da sociedade com seu modelo de desenvolvimento que busca as melhores práticas em relação ao meio ambiente.
Os resultados mostraram que as organizações analisadas possuem práticas sustentáveis, que, para Bansal (2005), são ações de uma nova tendência de mercado, pois se considera a melhoria do padrão de vida da sociedade e a busca da preservação ambiental, sem prejuízo ao crescimento organizacional. Percebe-se ainda as empresas apresentam intenções para a sustentabilidade, em especial nas iniciativas sociais e ambientais, pois visam, a inclusão da sociedade, práticas de preservação do meio ambiente, inovação da cadeia produtiva e produtividade, o que promove uma produção com estratégia responsável.
BANSAL, P. Evolving sustainability: A longitudinal study of corporate sustainable development. Strategic Management Journal, v. 26, n. 3, p. 197-218, 2005. BARBIERI, J. C. Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 3 ed. Saraiva, 2011. CALLADO, A. A. C. Agronegócio. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2005. SACHS, I. Barricadas de ontem, campos de futuro. Estudos Avançados. v. 24, n. 68, p. 25-38, 2010.