Resumo

Título do Artigo

SELEÇÃO DE METODOLOGIAS PARA AVALIAR EMISSÃO DE GEE EM INICIATIVAS DE COMPOSTAGEM EM CAMPI UNIVERSITÁRIOS BRASILEIROS
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Tema

Educação e sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Jacqueline Rogéria Bringhenti
INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - IFES - Responsável pela submissão
2 - Geraldo Andre Rosseto Barreto
INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - IFES -
3 - Adriana Márcia Nicolau Korres
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4 - Wanda Maria Risso Gunther
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Reumo

A compostagem é alternativa sustentável para o gerenciamento e reciclagem dos Resíduos Sólidos Orgânicos (MARTÍNEZ-BLANCO et al., 2010). Quando realizada via degradação aeróbia da matéria orgânica, a compostagem também é aliada no combate às emissões de gases de efeito estufa (GEE), gerando menores quantidades de metano por tonelada de RSO em comparação com formas de tratamento anaeróbio ou disposição em aterros (ADHIKARI et al., 2013; BARTON; ISSAIAS; STENTIFORD, 2008; ANDERSEN et al., 2010; BONG et al., 2017; ZHU-BARKER et al., 2017)
Apesar de ser a alternativa mais econômica e utilizada, também para destinação dos resíduos de campi universitários, os aterros sanitários tem sido motivo de questionamentos e discussão em função de seu potencial de impactos ambientais, inclusive quanto à emissão de gases de efeito estufa (GEE). Pesquisas sobre o tema abordam metodologias e equipamentos para medir e monitorar os seus efeitos, existindo carência de estudos para quantificar a produção de GEE para processos em pequena escala sendo este o objetivo do presente estudo.
Ações para redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), relacionadas à valorização dos resíduos sólidos ainda são pouco expressivas no Brasil. Algumas parcelas componentes dos resíduos sólidos gerados nos campi universitários possuem potencial de recuperação, podendo ser tratados in loco como é o caso dos resíduos sólidos orgânicos (RSO). Considerando o metano (CH4), estima-se que as etapas de tratamento e disposição final de resíduos sólidos no mundo representam 13% das emissões antropogênicas desse gás (IPCC, 2007).
O estudo envolveu IES brasileiras localizadas nos estados do Espírito Santo e São Paulo. Ambas as IES possuem projetos de valorização de resíduos inseridos em programas locais de práticas sustentáveis e realizam a compostagem em local aberto, integrado às respectivas áreas verdes. A metodologia foi desenvolvida em três etapas, sendo: E1- identificação de metodologias aplicáveis, E2 -avaliação comparativa das metodologias identificadas para mensurar GEE quanto à aplicação em IES e E3 - seleção e aplicação da metodologia selecionada em estudo de caso.
Foi selecionada e aplicada a metodologia desenvolvida pela United Nations Framework Convention on Climate Change – UNFCCC, calculadas ainda as emissões evitadas em função do desvio de orgânicos de aterros sanitários nos dois campi, usando a mesma metodologia, sendo feita a análise comparativa e a projeção para 10 anos. A escala operacional mínima requerida de 1,0 ton/ano de RSO tratados, levou a necessidade de realizar alguns ajustes para a IES do Espírito Santo que trabalhava com vermicompostagem.
O estudo identificou e aplicou método para quantificar GEE emitidos em iniciativas de compostagem sem uso de equipamentos, como contribuição para a divulgação da importância do tratamento no combate às emissões de GEE. O conhecimento e a divulgação dos GEE evitados fortalece práticas sustentáveis de valorização de resíduos, promove as iniciativas locais e contribuir para a visualização dos benefícios por gestores e comunidades em geral.
ADHIKARI, B. K. et al. Gas emissions as influenced by home composting system configuration. Journal of Environmental Management, London, v. 116, p. 163–171, 2013 BARTON, J. R.; ISSAIAS, I.; STENTIFORD, E. I. Carbon - Making the right choice for waste management in developing countries. Waste Management, Elmsford, v. 28, n. 4, p. 690–698, 2008 BONG, C. P. C. et al. A review on the global warming potential of cleaner composting and mitigation strategies. Journal of Cleaner Production, Amsterdam, v. 146, p. 149–157, 2017 ZHU-BARKER, X. et al. Greenhouse gas emissions from green waste composting