Resumo

Título do Artigo

Gestão Urbana, Saneamento e Degradação Ambiental: Um estudo sobre o açude de Bodocongó no município de Campina Grande – PB
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Tema

Gestão ambiental

Autores

Nome
1 - Armando Rodrigues de Melo
Universidade Federal de Campina Grande - Centro de Tecnologia de Recursos Naturais Responsável pela submissão
2 - Lúcia Silva Albuquerque de Melo
Universidade Federal de Campina Grande - Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade
3 - MARIA DE FÁTIMA NÓBREGA BARBOSA
Universidade Federal de Campina Grande - UACC
4 - ERIVALDO MOREIRA BARBOSA
Università degli Studi di Messina, UNIME, Itália. - Università degli Studi di Messina, UNIME, Itália.

Reumo

Com o crescente aumento da população urbana, o ambiente natural tem sofrido danos cada vez mais elevados causados pela ação humana com sérias consequências, provocando problemas de ordem socioambiental, sendo a falta de saneamento básico adequado um dos principais fatores que influencia de forma negativa, prejudicando os recursos naturais assim como a sociedade, afetando sobremaneira a qualidade de vida da população (Carvalho, Moraes, Lima & Cavalcanti, 2009; Lisboa, Heller & Silveira, 2013).
O objetivo da pesquisa foi verificar os principais impactos nas águas do Açude de Bodocongó, localizado na cidade de Campina Grande, Paraíba e a consequente degradação ambiental no entorno desse manancial. E o problema de pesquisa foi: Quais os principais impactos nas águas do Açude de Bodocongó, localizado na cidade de Campina Grande, Paraíba e a consequente degradação ambiental?
A situação atual vivenciada na maior parte do Brasil é de deficiência no tocante a coleta e tratamento do esgoto (Garcia & Ferreira , 2017), realidade essa que se configura em sérios desafios a serem enfrentados pelos governantes tanto no momento presente quanto no futuro com todas as dificuldades que são próprias da complexidade que demanda o saneamento básico. De acordo com pesquisa realizada pela CNI (2018) o Brasil tem um déficit em saneamento, que para reverter, serão necessários 62% a mais de investimento para que o serviço seja universalizado em até 2033.
A pesquisa foi dividida em duas etapas, a primeira etapa foi visitas de campo no período de 22 a 31 de agosto de 2018 para exploração da área de estudo através de registro fotográfico para análises em caráter de fotointerpretação. A segunda etapa foi documental com dados secundários fornecidos pela Agência Executiva de Gestão das Águas – AESA do estado da Paraíba no ano de 2018 sobre a avaliação da qualidade da água do Açude de Bodocongó por meio de alguns parâmetros físico-químicos, quais sejam: Temperatura da água e do ar, pH, condutividade elétrica oxigênio dissolvido e turbidez.
Verificou-se a entrada de esgoto em grande volume, além da presença de resíduos sólidos no leito do açude. Observou-se às margens do açude a forma de uso da água por diversos atores sociais expostos à contaminação. Os resultados da avaliação da qualidade da água por meio de alguns parâmetros físico-químicos, no qual foi encontrado contaminação da água do manancial devido o lançamento de resíduos sólidos e esgoto não tratado no leito do açude. Esse cenário é comprovado por meio da alteração do oxigênio dissolvido, condutividade elétrica e sólidos totais dissolvidos analisados no corpo hídrico.
Um dos principais fatores que tem influenciado para a degradação do meio ambiente é a falta de tratamento dos esgotos e o seu descarte de forma indiscriminada, desequilibrando o meio ambiente e afetando a qualidade de vida da população humana. Os resultados apontaram que a qualidade da água desse manancial não atende as exigências do CONAMA para consumo humano. O saneamento básico é um item de primeira necessidade para a qualidade de vida humana e ao mesmo tempo um meio importante para manter a preservação dos recursos naturais.
ANA – Agência Nacional de Águas(2017). Atlas Esgotos: Despoluição de Bacias Hidrográficas. Recuperado em 10 de março, 2019, de http://atlasesgotos.ana.gov.br/. Bai, X.; Chen, J.; Shi, P. (2011). Landscape urbanization and economic growth in China: positive feedbacks and sustainability dilemmas. Environmental science & technology, 46(1), 132-139. Wu, J. (2010). Urban sustainability: an inevitable goal of landscape research.. Landsc. Ecol. 25, 1–4. Wu, J. (2014). Urban ecology and sustainability: The state-of-the-science and future directions. Landscape and Urban Planning, 125, 209-221.