Resumo

No contexto do desenvolvimento sustentável, a busca por diversas alternativas de destinação final para o biossólido proveniente das estações de tratamento de esgoto, a reciclagem agrícola, recomendada pela Agenda 21, tem-se mostrado a melhor alternativa ambiental e econômica. Segundo pesquisadores, o uso do biossólido é a alternativa mais viável porque é fonte de matéria orgânica e de nutrientes para as plantas e, quando tratado com cal, age como corretivo da acidez do solo além de proporcionar benefícios na fertilidade do solo e na produção agrícola.

O problema da revisão bibliométrica, aborda a produção científica a nível nacional sobre o uso de biossólido na agricultura nos últimos 18 anos, como o seu assunto principal. O objetivo é realizar uma análise bibliométrica de relevância, para identificar, interpretar e analisar aspectos quantitativos e qualitativos, dos números de teses e dissertações à cerca da produção científica nacional sobre o uso de biossólido na agricultura no Brasil, relacionada às áreas de ciências agrárias, ciências ambientais, engenharias, desenvolvidas e que compreenda o período de 2000 a 2018.

O gerenciamento, destinação e disposição final adequada e ambientalmente correta de resíduos sólidos oriundos de estações de tratamento de esgoto principalmente em grandes centros metropolitanos, tem sido o maior desafio no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável. Aliado a isso, a utilização do biossólido na agricultura tem sido objeto de crescente interesse e pesquisa cientifica, porque responder a duas questões extremamente relevantes: a necessidade de redução de custos de fertilizantes na produção agrícola e a necessidade de destinação e disposição correta do resíduo.

Para o estudo foi realizado uma pesquisa bibliométrica para identificar, interpretar, analisar quantativamente o número de teses e dissertações desenvolvidas à cerca da produção científica sobre o uso de biossólido na agricultura no Brasil, relacionada a duas grandes áreas de conhecimento, à área de ciências agrárias e a área de engenharia no período de 2000 a 2018, utilizando a base de dados de acesso público e gratuito criada no ano de 2002 mantida pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT; a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações – BDTD.

A busca pelo termo biossólido gerou 121 trabalhos, sendo 79 dissertações e 42 teses, concentradas em sua maioria significativa nas duas principais Instituições, a USP-Universidade de São Paulo e a UNESP-Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", instituições localizadas no maior produtor de pesquisa científica, Estado de São Paulo. Os autores são do gênero masculino e feminino de forma equilibrada. As áreas das engenharias agronômica, agrícola e ambiental possuem maior número de produções, as com destaque para instituições, tais como; a USP e UNESP o maior número de publicações.

Observou-se o aumento das discussões ao longo do período de 18 anos envolvendo o uso de biossólido na agricultura, devido à importância e relevância do tem, que por consequência tem causado forte impacto no meio acadêmico, impulsionando pesquisas e influenciando no número de projetos desenvolvidos no Brasil, portanto a utilização do biossólido na agricultura tem sido objeto de grande interesse na produção cientifica, por responder a duas questões relevantes: a necessidade de disposição correta do resíduo sólido e a necessidade de redução de custos de fertilizante na produção agrícola.

BETTIOL,W.; CAMARGO, O. A. Lodo de esgoto: impactos ambientais na agricultura. 1 ed. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2006. MELO, W. J.; Marques, M. O.; Melo, V. P. O uso agrícola do biossólido e as propriedades do solo. In: Tsutiya, M. T.; Comparini, J. B.; Além Sobrinho, P.; Hespanhol, I.; Carvalho, P. C. T.; Melfi, A. J.; Melo, W. J.; Marques, M. O. (ed.). Biossólidos na agricultura. São Paulo: SABESP 2001. p.289-363. TSUTIYA,M.T.; COMPARINI, J.B.; ALEM SOBRINHO, P.; HESPANHOL, I.; CARVALHO, P.C.T.;MELFI, A.J.; MELO, W.J.; MARQUES, M.O. Biossólidos na Agricultura. 2a ed. SABESP São Paulo,