Resumo

Título do Artigo

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO FUNDAMENTAL E SEUS IMPACTOS NA PERCEPÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL: UMA POLÍTICA PÚBLICA AMBIENTAL EFICAZ
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Tema

Educação e sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Antonio Gilmar Carvalho Tavares
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS - Universidade Federal de Lavras
2 - Sabrina Soares da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS - Departamento de Administração e Economia Responsável pela submissão

Reumo

A EA pode ser entendida como um componente do processo educativo de cidadãos, capaz de estimular a adoção de valores políticos, culturais e socioambientais voltados para a conservação do meio ambiente e relações sociais mais equilibradas e prepará-los para a vida como seres integrantes do ambiente. Sua prática nos remete à reflexão sobre o uso e conservação do meio ambiente, relações sociais, e a formação de sujeitos para atuar na contemporaneidade. Diante disso, constitui-se a presente proposta, de inserção de atividades de EA por meio de projeto um projeto de extensão, em escolas públicas.
Este artigo teve como problema de pesquisa norteador: A educação ambiental, por meio de práticas propostas dentro do contexto educacional formal, pode se caracterizar como uma Política Pública Ambiental eficaz? Tendo em vista esta questão, buscou-se analisar como as ações de educação ambiental no Ensino Fundamental impactam na percepção e sensibilização ambiental dos educandos.
A EA é vista como um processo capaz de forjar valores e condutas social, política e ambientalmente adequadas, para um desenvolvimento menos impactante e a preservação da natureza. Ela passou a ter um importante espaço no contexto educativo, respeitando a autonomia da dinâmica escolar e acadêmica, como uma prática educativa integrada e interdisciplinar, contínua e permanente em todas as fases, etapas, níveis e modalidades. O benefício de trabalhar a EA com crianças é que elas estão em fase de desenvolvimento cognitivo, comportamental e perceptivo, sendo mais receptivas à de novos valores.
Em 2018, participaram das atividades de EA do projeto de extensão em estudo 173 crianças do Terceiro Ano do Ensino Fundamental de duas escolas públicas municipais de Lavras, MG. Tendo como pressuposto a expectativa de que essa abordagem fosse eficaz como um instrumento de Política Pública Ambiental, a coleta de dados foi feita em duas etapas: em um diagnóstico inicial, por meio de questionários e desenhos, e no final das atividades, por meio de questionários e observação. Buscou-se compreender como a percepção ambiental dessas crianças se modicou após a participação nas atividades.
Observou-se que houve mudanças positivas na percepção dos educandos sobre os elementos que constituem o meio ambiente natural e construído, indicando uma visão mais abrangente e aprofundada do assunto. Eles também passaram a identificar mais problemas ambientais, se mostrando mais atentos aos mesmos e às diferentes formas de se evitá-los ou reduzir seus impactos. Constatou-se que as práticas de EA a partir de projetos, ou mesmo ações isoladas nas escolas, podem ser eficazes e importantes meios fortalecer a execução da Política de Educação Ambiental.
A EA tem como um dos seus propósitos a interdisciplinaridade, o que é difícil de ser construído. No decorrer das atividades do projeto, verificamos que os conteúdos do mesmo estavam em consonância com os das escolas e que essa integração pode ter influenciado positivamente os educandos para a aquisição e apropriação dos conteúdos, que foram apresentados e relacionados à EA. A intervenção foi capaz de estimular o pensamento crítico e gerar um caráter transformador nos educandos em relação à percepção do meio ambiente e comportamentos mais responsáveis para elas enfrentarem os desafios atuais.
BRASIL. Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental,[...]. Brasília, 1999. Disponível em: . Acesso em: 22 jan. 2018. GUIMARÃES, M. et al. Educadores ambientais nas escolas: as redes como estratégia. Cadernos Cedes, Campinas, v. 29, n. 77, p. 49-62, jan./abr. 2009. JACOBI, P. R. Educação ambiental: o desafio da construção de um pensamento crítico, complexo e reflexivo. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 233-250, maio/ ago. 2005.