Resumo

Título do Artigo

Ecossistema Empreendedor: atores conectados para a promoção de Inovação Social
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Tema

Empreendedorismo e Negócios de Impacto

Autores

Nome
1 - Paola Schmitt Figueiró
Universidade Feevale - Responsável pela submissão
2 - Bruno Anicet Bittencourt
Unisinos - Universidade do Vale dos Sinos - Escola de Gestão e Negócios - EGN
3 - Katiuscia Thais Flores
-
4 - Nathan Pedroni de Oliveira
Universidade Feevale - Universidade Feevale
5 - Yan Alves Nunes
Universidade Feevale - Feevale

Reumo

A Inovação Social é vista como uma forma de resolver problemas sociais, a partir de mudanças em que novas instituições e sistemas sociais são criados numa lógica que parte do individual para o coletivo. Associado a isto, as relações entre os atore que compõem um ecossistema empreendedor podem ter enfoque sob o papel do contexto social na promoção do empreendedorismo. Para compreender como a relação entre distintos atores pode promover a geração de inovações sociais tem-se a perspectiva da Hélice Quíntupla, que enfatiza a interação entre governo, universidade, empresa, sociedade e ambiente.
Como se dá a articulação de um ecossistema empreendedor, sob a ótica da hélice quíntupla, para gerar inovação social? O objetivo geral é de compreender a relação entre os papéis dos atores de um ecossistema empreendedor para a promoção de inovação social.
A inovação social envolve uma ruptura do status quo (Andion et al., 2017) e surge como alternativa que garanta um futuro diferente para a sociedade (Bignetti, 2011). O ecossistema empreendedor surge como um propulsor de inovações sociais, considerando que o empreendedorismo ocorre em uma comunidade de atores interdependentes, tendo o enfoque sob o papel do contexto social na promoção do empreendedorismo (Stam, 2015). A Hélice Quíntupla (Carayannis et al., 2019) pode ser utilizada para compreender a relação entre distintos atores para gerar inovação social.
A pesquisa contou com uma pesquisa-ação participante em um projeto que envolveu diferentes atores desde o seu planejamento até a sua execução: empresa incubada em um Parque Tecnológico de uma Universidade, Associação da Sociedade Civil, Prefeitura Municipal, Comunidade e Empresas Privadas. Nesse método não há a separação entre sujeito e objeto, uma vez que os pesquisados são também sujeitos da pesquisa e participam na sua construção de forma colaborativa. Para análise dos resultados foram seguidos os passos propostos por Kemmis e Mctaggart (2007): planejar, agir e observar, e refletir.
O Projeto Arte da Estampa surgiu pela vontade de gerar benefícios sociais a partir do empreendedorismo. Assim, nasceu um curso de técnica em estamparia que propôs aos participantes a criação de estampas inspiradas em desenhos de crianças. Assim, a partir do fomento de um edital da Secretaria de Cultura, houve a articulação entre uma empresa incubada em um parque tecnológico, indústrias, alunos e docente de uma universidade, e uma associação da sociedade civil de assistência em oncopediatria (AMO Criança). Com isso, houve a geração de benefícios a todos os envolvidos.
O projeto A Arte da Estampa envolveu um ecossistema empreendedor composto por diversos atores que, por meio da colaboração, foram capazes de gerar benefícios mutuamente. Contou com a articulação entre governo, universidade, indústria, e a sociedade civil por meio da participação dos artistas no curso e também das crianças e famílias atendidas pela AMO Criança. As principais inovações sociais percebidas envolvem a geração de valor social, a oportunidade de uma capacitação técnica, e a criação de laços entre os participantes.
Bignetti, L. P. (2011). As inovações sociais: uma incursão por ideias, tendências e focos de pesquisa. Ciências Sociais Unisinos, 47(1), 3-14. Carayannis, E. G., Grigoroudis, E., Stamati, D., & Valvi, T. (2019). Social business model innovation: A quadruple/quintuple helix-based social innovation ecosystem. IEEE Transactions on Engineering Management. Stam, E. (2015). Entrepreneurial ecosystems and regional policy: a sympathetic critique. European Planning Studies, 23(9), 1759-1769.