Resumo

Título do Artigo

RESPONSABILIDADE SOCIAL EM TEMPOS DE PANDEMIA: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS DE COOPERATIVAS GAÚCHAS À LUZ DA TEORIA DOS STAKEHOLDERS
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Tema

Responsabilidade Social Corporativa

Autores

Nome
1 - Juliana da Fonseca Capssa Lima Sausen
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Departamento de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - Campus Ijuí Responsável pela submissão
2 - Daniel Knebel Baggio
Universidad de Zaragoza - Espanha -
3 - MARIA MARGARETE BACCIN BRIZOLLA
UNIJUI - UNIVERSIDADE DO NOROESTE DO ESTADO DO RS - PPGDR - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Reumo

O contexto incerto e de mudanças constantes da pandemia tem apresentado impactos diversos, entre eles, no desenvolvimento socioeconômico das diversas escalas territoriais (FRANÇA FILHO; MAGNELLI; EYNAUD, 2020). Como estratégia de sustentabilidade organizacional, a responsabilidade social corporativa, uma das principais linhas de pesquisa originadas da teoria dos stakeholders (FREEMAN, 1984), torna-se fundamental. Também neste contexto de pandemia e crise, cabe destacar a essência cooperativista e a relevância das cooperativas no desenvolvimento erritorial (BIALOSKORSKI NETO, 2012).
Considerando os impactos socioeconômicos e organizacionais da pandemia, a relevância de estudos sobre responsabilidade social corporativa e stakeholders, a importância do cooperativismo para o desenvolvimento territorial, a relevância da essência cooperativista e a demanda de estudos sobre responsabilidade social, teoria dos stakeholders e cooperativismo no contexto da pandemia; este trabalho busca analisar de que forma a responsabilidade social corporativa se configura no cooperativismo em tempos tempos de pandemia à luz da teoria dos stakeholders, em quatro cooperativas do Rio Grande do Sul.
O contexto incerto e de mudanças constantes da pandemia tem apresentado impactos diversos, entre eles, no desenvolvimento socioeconômico das diversas escalas territoriais (FRANÇA FILHO; MAGNELLI; EYNAUD, 2020). Como estratégia de sustentabilidade organizacional, a responsabilidade social corporativa, uma das principais linhas de pesquisa originadas da teoria dos stakeholders (FREEMAN, 1984), torna-se fundamental. Também neste contexto de pandemia e crise, cabe destacar as cooperativas e a relevância de seus princípios (ACI, 1995) e atuação territorial (BIALOSKORSKI NETO, 2012).
O estudo é social, de abordagem qualitativa, constituindo-se enquanto pesquisa exploratória e descritiva (GIL, 2019). Como metodologia de coleta de dados, utilizou-se pesquisa bibliográfica em fontes nacionais e internacionais sobre as temáticas abordadas e entrevistas com gestores e colaboradores de quatro cooperativas – agropecuária e industrial, de energia, de crédito e de saúde - de diferentes municípios do Rio Grande do Sul. Para análise e interpretação dos dados utilizou-se análise de conteúdo por categorias (BARDIN, 2018).
Constata-se que a pandemia, que impactou nas dinâmicas de relacionamento dos stakeholders, condicionou que as cooperativas analisadas buscassem estratégias para poderem conduzir suas ações de responsabilidade social, com base na gestão dos seus stakeholders. Tais estratégias incluem o suprimento de demandas mediante a otimização de processos administrativos e de serviços organizacionais – com destaque para as tecnologias de informação e comunicação – bem como a implementação de estratégias cooperativas de solidariedade e de conscientização e prevenção da COVID-19 junto aos stakeholders.
Conclui-se que, diante do contexto imprevisível e complexo da pandemia que gerou impactos nos indivíduos, nas organizações e, inclusive, nas cooperativas, as estratégias de responsabilidade social, implementadas pelas cooperativas analisadas e aliadas à gestão dos stakeholders, contribuem para a sustentabilidade das cooperativas no cenário da pandemia.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Tradução Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2018. BIALOSKORKI NETO, S. Economia e gestão de organizações cooperativas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012. FRANÇA FILHO, G. C.; MAGNELLI, A.; EYNAUD, P. Para superar o divórcio entre economia e sociedade: diagnóstico crítico e notas propositivas em um contexto de pandemia. Revista NAU Social, v. 11, n. 20, p. 167-184, mai./out. 2020. FREEMAN, R. E. Strategic management: a stakeholder approach. Boston: Pitman, 1984. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019.