Resumo

O Relatório Mundial Sobre a Deficiência destaca as barreiras à plena inserção das PcD na sociedade, além das atitudes negativas, preconceitos existentes, a falta de planejamento e acessos adequados, políticas e padrões inadequados que inviabilizam o cumprimento das leis criadas, falta de ofertas de serviços aos PcD e falta de preparo para os profissionais que terão contato direto com colaboradores deficientes, que muitas vezes nunca tiveram outro contato empregatício.

O problema de pesquisa: Qual é a percepção dos colaboradores acerca das ações empresariais para a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho? O objetivo geral foi identificar a percepção dos colaboradores acerca das ações empresariais para a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Os objetivos específicos foram: identificar como é o engajamento das pessoas com deficiência no ambiente organizacional, identificar se as organizações investem em tecnologias assistivas que permitam o bom desempenho das atividades.

Sassaki (2018) ressalta que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos e deveres que as demais pessoas. Santos Neto (2020), ressalta que a variedade de atividades de trabalho também é um dos desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência, de acordo com o tipo de deficiência (auditiva, física, intelectual, visual e múltipla) e o nível de cada limitação. A Lei de cotas para Pessoas com Deficiência, dispõe sobre os planos de benefícios da Previdência Social e dá outras providências para contratação. Para Negreiros (2014), as PcD sstão atreladas ao conceito de segregação.

Trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva. Amostra não probabilística (pessoas com e sem deficiência). Pesquisa de campo. Instrumento de Coleta de dados: questionário eletrônico dividido em duas seções, com perguntas escalares de 8 níveis. Tabulação dos dados: Excel Mensuração: uso da ferramenta SPSS-23 para o cálculo das estatísticas de frequência e média ponderada.

Os resultados da categoria Relacionamento, corrobora os preceitos de Sassaki (2018) acerca de que as PcD têm os mesmos direitos, pois as empresas nas quais os sujeitos da pesquisa exercem as atividades não fazem distinção entre os colaboradores, e que a contratação não é meramente para o cumprimento das cotas. A colaboração com média 6,84 é explicada por Sassaki (2020), que reforça a ideia de que os gestores exercem o papel de promover o engajamento das equipes. Ressalta-se que a categoria Relacionamento foi a que apresentou a maior média (6,08).

Segundo a percepção dos colaboradores as equipes e gestores, estimulam e agem para que haja um bom relacionamento entre os membros das equipes. Vale ressaltar que tanto o resultado da amostra de colaboradores sem deficiência, quanto o resultado da amostra dos colaboradores com deficiência expressam que a cooperação foi uma das variáveis com maior média. Os resultados da presente pesquisa de campo permitiram compreender que a realidade vivenciada pelas amostras demonstra que as empresas praticam ações voltadas para a inserção de pessoas com deficiência nas atividades laborais.

BRASIL. Lei 8.213 de 24 de julho de 1991. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm. Acesso em: 20 jul. 2022. IBGE. PNS – Pesquisa Nacional de Saúde. 2019. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/saude/9160-pesquisa-nacional-de-saude.html?=&t=resultados. Acesso em: 15 jul. 2022. NEGREIROS, Dilma de Andrade. Acessibilidade Cultural: por que, onde, como e para quem? Rio de Janeiro, 2014. SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 11 set. 2020. Disponível em: https://www.sociedadeinclusiva.com.br/2020/09/11/prec