Reumo
Esse artigo tem por objetivo avaliar e discutir os aspectos sociais positivos e negativos presentes na base da cadeia de reciclagem das embalagens PET. O foco é direcionado principalmente para os catadores envolvendo também, num segundo plano, as cooperativas e os sucateiros. Quando se trata da economia circular (EC), o que se nota é que as organizações priorizam ações voltadas para o meio ambiente e resultados econômicos. Os aspectos sociais envolvidos nem sempre são considerados de forma equitativa conforme os conceitos do TBL (Triple botton line) de que a sustentabilidade só é possível quando vista através das perspectivas do planeta, das pessoas e do lucro. Ou seja, uma organização deve ser conduzida visando a parte econômica, seus impactos ambientais e como ela se relaciona com seus colaboradores. Essa pesquisa foi exploratória com abordagem bibliográfica e documental. A coleta de dados envolveu fontes secundárias a partir de artigos, teses, documentos e relatórios empresariais. Os resultados permitem afirmar que os trabalhadores da base cadeia de reciclagem são importantes contribuidores para tornar a economia circular uma realidade na reciclagem de embalagens PET, sejam eles autônomos ou cooperativados. Por outro lado, mostrou também as condições degradantes que esses trabalhadores estão expostos, desde a exploração de seus serviços por baixas remunerações até preconceito por grande parte da população. O trabalho estruturado e formalizado em cooperativas é um importante aliado para melhorar as condições sociais dos trabalhadores da base da cadeia de reciclagem, porém, as cooperativas não conseguem competir com os sucateiros, que possuem estruturas mais robustas e muitos trabalham na informalidade. Além disso, a falta de perspectiva de melhora dessas condições parece estar longe de ser resolvida se não houver um esforço conjunto entre governo, empresas, ONG’s e universidades para estudos mais aprofundados e implementação de ações necessárias.