Resumo

Título do Artigo

Estresse ocupacional: um olhar sobre a qualidade de vida do profissional de Tecnologia da Informação e Comunicação.
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Tema

Gestão de Pessoas e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Keli Cristiane Vido
Centro Universitário Senac - Centro Universitário SENAC Responsável pela submissão
2 - Clarice Gameiro da Fonseca Pachi
Universidade de São Paulo - USP - Faculdade de Medicina
3 - Sergio Tavares
Faculdade Senac - Senac Nações Unidas
4 - Daniel Sena da Silva
Centro Universitário Senac - Santo Amaro
5 - Beatriz Silva de Azevedo
Centro Universitário Senac - Santo Amaro

Reumo

1 INTRODUÇÃO Este resumo compreende o relato parcial de resultados do projeto de pesquisa do Centro Universitário SENAC, que objetiva investigar o estresse ocupacional presente no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação e a promoção da QVT. Destaca-se que a pesquisa é desenvolvida em parceria com o Núcleo Especializado de Tecnologia de Informação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. 2 PROBLEMA DE PESQUISA E OBJETIVO Quais são os estressores presentes no contexto laboral de TIC que influenciam a QVT? Como objetivos foram delineados ampliar a literatura a fim de promover novas políticas e práticas prevencionistas, promotoras da QVT e, o cumprimento da ODS 3 para a sustentabilidade empresarial. 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O setor de TIC conforme Severino, Neiva e Campos (2013 apud SOFITEX, 2009) tornou-se fundamental para sociedade e emprega 540.000 profissionais (BR). Este é responsável pela comunicação, armazenamento e análise de dados e informações, organizacionais, gestão de projetos, criação e transformação de plataformas, softwares, aplicativos e ambientes como metaverso, entre outros (FOSTER, 2010). Contexto, permeado por fatores que demandam cada vez mais, resiliência, velocidade e adaptações, constantes. Na contemporaneidade o acúmulo de tarefas e, consequentemente, as horas extras constantes, desorganização das atividades e lideranças mal preparadas, tornaram o ambiente laboral, com acentuados níveis de estresse ocupacional. Registre-se que a ODS 3 prevê promover a saúde para todos, nesse sentido conforme o MPS (2023), o estresse ocupacional ocupa o 2.º entre os motivos de afastamentos e adoecimentos do trabalho no Brasil. O estresse conforme Dos Santos, Zile e Aires (2018, p.222) pode ser positivo quando oriundo de adaptação e, por isso, gerador de bem-estar e realização pessoal. Já o distresse perfaz uma resposta do organismo à estímulos e tensões e, portanto, gerador de desiquilíbrios físico, mental e social, além de causador de desgastes psíquicos e sentimentos como tristeza, angústia e ansiedade, como o estresse ocupacional. Para Paschoal e Tamayo (2005), o estresse ocupacional provem de ambientes laborais que exigem de o trabalhador ultrapassar sua capacidade de enfrentamento das situações adversas. Este influencia a qualidade de vida no trabalho (QVT), pois diminui o equilíbrio biopsicossocial (PRADO, 2016). Assim, prevenir o estresse ocupacional promove o bem-estar do trabalhador e, portanto, a QVT. 4 METODOLOGIA Para elaboração do estudo foi utilizado o método misto, que conforme Johnson e Onwuebuzie (2004) combina coleta e análise, qualitativa e quantitativa a fim de identificar, compreender e ponderar diferentes fenômenos. Neste estudo, na 1.ª etapa foi realizada uma revisão bibliográfica e na 2.º aplicados questionários ancorados na Teoria das Representações Sociais. Essa metodologia consiste em solicitar aos pesquisados que evoquem de 3 a 5 palavras, frente à apresentação de um termo. Para este estudo foram utilizados os termos, estresse ocupacional e área de TIC (nosso grifo). Posterior essas palavras evocadas foram agrupadas de acordo com seus grupos semânticos, extraídas acentuações e inseridas no software livre OpenEvoc, que possibilita análises descritivas e gráficos (FERRARI, 2016). Para Rocha (2014) as representações sociais permeiam conceitos transformados em crenças e, por isso, são balizadores de ações. Destaca-se que a coleta foi realizada em ambiente natural, no 1.º semestre de 2024 e 2.º semestre de 2023. Os pesquisados foram previamente informados dos objetivos da pesquisa e os dados coletados, mantiveram o anonimato dos respondentes. Foram pesquisados 85 homens e 15 mulheres, todos profissionais da área de TIC, de empresas paulistas. Por último, os resultados, ou seja, os possíveis agentes estressores foram relacionados a literatura para discussões. 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS Os resultados evidenciaram como principais agentes estressores - sobrecarga de trabalho, atrasos nos prazos, desorganização nas atividades e liderança sem capacitação, corroborando com a literatura. Além disso, pode-se evidenciar que para os pesquisados o estresse ocupacional gera sentimentos como - sofrimento, tristeza, ansiedade, angústia e sintomas de cansaço, distúrbios do sono e o acometimento de doenças como depressão. Em suma, pode-se compreender que os fatores aludidos impelem o cumprimento da ODS 3 e, portanto, a promoção da QVT e da sustentabilidade empresarial. 3 CONCLUSÃO Assim, pode-se compreender que o estresse ocupacional diminui a QVT, devido ao desiquilíbrio biopsicossocial e acomete os profissionais de TIC com doenças geradoras de possíveis afastamentos e à empresa com o não alcance da ODS 3 / a diminuição da sustentabilidade. Para Alves (2011 apud ALVES, 2018, p.87) “Uma das soluções para o problema de desgaste que afeta o indivíduo, familiares quanto empresa são programas de QVT pois assim ganha o colaborador e a empesa.” REFERÊNCIAS ALVES, Ana Lecia Pereira; LIMA, Márcia Maria Leite. Estresse Ocupacional: Uma análise sobre causas, consequências e prevenções em uma clínica médica na cidade de Juazeiro do Norte-CE. ID on line. Revista de psicologia, v. 12, n. 42, p. 109-132, 2018. DOS SANTOS GOMES, Maristela; PEREIRA, Luciano Zille; DE LIMA, Pedro Favarini Aires. Estresse ocupacional: estudo em um hospital filantrópico no estado de Minas Gerais. Revista Gestão & Tecnologia, v. 18, n. 3, p. 204-225, 2018. FERRARI, Helio; LIMA, Luciano. O uso de representações sociais como metodologia para avaliações diagnósticas. In: Anais dos Workshops do Congresso Brasileiro de Informática na Educação. 2016. FORSTER, Daniella et al. Estresse Ocupacional: Influência das Mudanças Geradas na Área de Tecnologia Durante Implantação do SAP R/3. Revista de Negócios, v. 15, n. 2, p. 53-72, 2010. JOHNSON, R. B.; ONWUEGBUZIE, A. J. Mixed Methods Research: A Research Paradigm Whose Time Has Come, Educational Researcher, vol.33, 2004, pp.14-26, 2004. PASCHOAL, Tatiane; TAMAYO, Alvaro. Impacto dos valores laborais e da interferência família: trabalho no estresse ocupacional. Psicologia: teoria e pesquisa, v. 21, p. 173-180, 2005. PRADO, Claudia Eliza Papa do. Estresse ocupacional: causas e consequências. Rev. bras. med. trab, p. 285-289, 2016. ROCHA, Luis Fernando. Teoria das representações sociais: a ruptura de paradigmas das correntes clássicas das teorias psicológicas. Psicologia: ciência e profissão, v. 34, p. 46-65, 2014. Site oficial. Ministério da Previdência Social. Disponível em: https://www.gov.br/previdencia/pt-br. Acesso 17 Jul. 2024. SEVERINO, Sandro; NEIVA, Elaine Rabelo; CAMPOS, Rodrigo Pires de. Estresse ocupacional e estratégias de enfrentamento entre profissionais de tecnologia da informação. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, v. 6, n. 2.